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OMS busca melhor acesso para reabastecer último hospital no norte de Gaza

Especialistas da agência da ONU pretendem garantir disponibilidade de material no centro hospitalar Al-Awda

Nesta sexta-feira, a Organização Mundial da Saúde, OMS, informou que a superlotação de pacientes e escassez crítica de combustível e suprimentos médicos essenciais marcam o Hospital Al-Awda, o último em funcionamento no norte de Gaza.

A agência das Nações Unidas atua em busca de acesso para o reabastecimento, bem como para avaliar a situação no Hospital Kamal Adwan, que deixou de funcionar após uma operação militar israelense.

Estradas transitáveis ​​e fácil acesso

A insegurança no acesso foi agravada por barreiras como estradas danificadas e instalações insuficientes. A agência fez um apelo urgente por ação imediata para que as rotas sejam transitáveis ​​e seja facilitado o acesso para apoiar e manter operacional o Hospital Al-Awda.

O anúncio foi feito horas depois do Ministério da Saúde de Gaza ter confirmado a morte de mais de 46 mil palestinos na Faixa de Gaza desde outubro de 2023. A maioria deles eram mulheres e crianças.

O total inclui os oito recém-nascidos que perderam a vida por hipotermia nos últimos dias. Com a continuação dos confrontos, as operações das Forças de Defesa de Israel aumentam as vítimas em massa e destruição generalizada.

As condições são tidas como “particularmente alarmantes” nas áreas sitiadas do norte de Gaza, com severas restrições à movimentação de pessoal humanitário. Os disparos de foguetes por grupos armados palestinos contra Israel também continuam colocando em risco os civis locais.

Proteção dos civis

A aumento de baixas civis levou o secretário-geral a repetir sua condenação veemente “às mortes e aos ferimentos generalizados no conflito”. António Guterres pediu a todas as partes envolvidas que respeitem o direito internacional humanitário e exigiu a proteção dos civis.

Ao pedir novamente “um cessar-fogo imediato e a libertação imediata e incondicional de todos os reféns mantidos em Gaza”, ele ressaltou que as populações devem ser protegidas e respeitadas em todos os momentos, tendo suas necessidades essenciais atendidas.

Em relação às operações realizadas no terreno, a Agência da ONU de Assistência aos Refugiados Palestinos, Unrwa, distribuiu cerca de 3,4 milhões de quilos de farinha de trigo, alcançando quase 1 milhão de pessoas no centro e sul de Gaza.

Ao ressaltar a necessidade de permissão para continuar trabalhando, a Unrwa destacou a atuação dos mais de 2 mil funcionários em atividades de educação na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental.

Mais de 47 mil alunos são alcançados em 96 escolas de educação básica e acima de 1,8 mil estão inscritos na formação profissional.

Fonte: ONU News – Imagem: WFP

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