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Oficina capacita gestores dos estados do Nordeste na implementação do Programa Cisternas

m um esforço conjunto para apoiar ações de promoção de convivência com o Semiárido, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) destinou R$ 311 milhões para a construção de mais de 42 mil cisternas e outras tecnologias sociais de acesso à água na região do Semiárido. A iniciativa, realizada em parceria com o Consórcio Nordeste e anunciada no início da semana, beneficiará famílias em situação de vulnerabilidade nos nove estados da região.

Para garantir a implementação eficiente das cisternas, o MDS promoveu, nesta terça e quarta-feira (11 e 12.06), a oficina “Programa Cisternas: construindo redes para a implementação de tecnologias sociais de acesso à água”. Sediado na Escola Nacional de Administração Pública (Enap), em Brasília, o evento reuniu gestores estaduais responsáveis pela execução e monitoramento do programa.

A diretora de Promoção da Inclusão Produtiva Rural e Acesso à Água do MDS, Camile Sahb, celebrou a parceria inédita com todos os estados nordestinos e destacou a importância do programa para a retomada das ações de acesso à água na região. “É um momento muito importante para a retomada do programa. No ano passado, a gente já tinha contratado cerca de 52 mil cisternas com a sociedade civil e agora, a gente está começando essa parceria com os estados para essa construção.”

Durante a oficina, cada gestor estadual teve a oportunidade de apresentar as propostas, detalhando como planejam utilizar os recursos e quais tecnologias sociais serão implementadas. Odaleia Severo, da Secretaria de Desenvolvimento do Ceará, destacou a importância do evento para a troca de experiências e a construção de um processo coletivo entre os estados.

“Antes mesmo de lançar o edital nos estados, estamos construindo processos coletivos. Essa formação de uma rede, onde vemos as dificuldades uns dos outros e compartilhamos as experiências acumuladas em cada estado, é fundamental”, definiu.

No Ceará, o novo convênio atenderá mais de 10 mil famílias com as tecnologias de acesso à água. A gestora também ressaltou a alta demanda por cisternas no estado e a importância da retomada do programa. “Entendemos a questão da água como um direito e um processo de cidadania”, concluiu.

O evento contou com painéis informativos sobre a implementação, o monitoramento e a integração do Programa Cisternas com outras iniciativas do MDS, como o Programa Fomento Rural. A troca de experiências e o diálogo entre os gestores estaduais e a equipe do ministério foram fundamentais para fortalecer a rede de colaboração e garantir a efetividade das ações.

Clebio Coutinho, superintendente da Secretaria da Agricultura Familiar do Piauí, explicou que o estado, onde 215 dos 224 municípios estão localizados no Semiárido, vai concentrar os esforços em 30 municípios na região normalmente mais afetada pela seca, onde o regime pluviométrico é de 600 milímetros por ano. As iniciativas vão incluem o acesso à água para consumo humano e para a produção de alimentos e consumo animal.

“O programa vai muito além do consumo de água, focando também na produção. Ele tem uma importância enorme para quem vive no Semiárido e nunca teve acesso à água de qualidade”, definiu Clebio Coutinho. “A água de qualidade melhora a saúde da família, principalmente das crianças, que muitas vezes adoecem devido ao consumo de água contaminada. A expectativa das famílias é grande, pois a água de qualidade proporcionará mais saúde e bem-estar para todos”, concluiu.

A análise do gestor do Piauí está embasada em pesquisas como “Impactos do Programa Cisternas na Saúde Infantil”, que mostra que o acesso às cisternas está associado a melhores indicadores neonatais. Estima-se que cada semana adicional de exposição à tecnologia de acesso à água há um aumento de 1,7 gramas no peso do bebê ao nascer.

Assessoria de Comunicação – MDS – Imagem: Breno Barros/ MDS

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