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Nações Unidas realizam evento ecumênico numa oração pela paz

As Nações Unidas acolheram dezenas de representantes internacionais, líderes religiosos, funcionários e convidados em momento ecumênico de oração pela paz.

A reflexão, que incluiu também pessoas que não professam nenhum credo, foi aberta pela enviada da Juventude, Jayathma Wickramanayake. Ela afirmou que essa é “uma ocasião para pensar na importância de paz para todos em todos os lugares”.

Legado para crianças e jovens

Na abertura, ela explicou que a presença dos participantes era para refletir sobre o tipo de legado para crianças, jovens e futuras gerações. 

A concentração aconteceu diante da escultura “Não-violência”, a arma com o cano amarrado, criada pelo artista sueco Karl Fredrik Reutersward. A mensagem do secretário-geral ressaltou a importância da paz em “momento de diversos conflitos e sofrimento em todo o mundo”.

Para António Guterres, este é um período único em que coincidem o mês do Ramadã dos muçulmanos, as celebrações das Páscoas cristã e judaica e com os sikhs marcando o festival de Vaisakhi.

O secretário-geral citou a mensagem de união entre pessoas, ligá-las em favor do planeta e pela paz necessária hoje mais do que nunca.

As Nações Unidas registraram mais de 250 conflitos armados desde que a Carta da ONU foi assinada em 1946. Na atualidade, existe “o maior número de confrontos violentos desde a Segunda Guerra Mundial”, com 2 bilhões de pessoas vivendo em lugares afetados. A proporção é de um quarto da humanidade.

Numa realidade de dezenas de conflitos ativos no mundo, o sentimento de insegurança afeta seis em cada sete pessoas, de acordo com a organização.

Destruição, pobreza e fome

Para o chefe da ONU, as guerras e os conflitos estão causando destruição, pobreza e fome, além de desalojar dezenas de milhões de pessoas. Ele apontou ainda a presença do caos climático por toda parte.

O secretário-geral observou que mesmo países pacíficos são agora dominados por enormes desigualdades e polarização política.

Guterres destacou a fé comum que une a família humana ao pedir união como comunidades e países e oração pela paz.

O alto representante da Aliança das Civilizações das Nações Unidas, Miguel Ángel Moratinos, encerrou o ato marcado pela observação de um minuto de silêncio.

Fonte: ONU News/Foto: ONU/Eskinder Debebe

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