Nações Unidas defendem que justiça só é plena com igualdade de gênero
Neste 10 de março, a ONU marca o Dia Internacional das Juízas. Celebrada pela segunda vez, a data foi destaque em um painel de discussão organizado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, Unodc.
Com o tema “Igualdade para a justiça”, o evento foi aberto pela diretora executiva do Unodc, Ghada Waly, e a ministra da Justiça da Áustria, Alma Zadic.
Agentes de mudança
A chefe da agência da ONU afirmou que se esforça para alcançar a representação de gênero em todo o espectro da justiça e para promover sistemas de justiça mais sensíveis ao gênero. Para ela, “uma justiça mais igualitária é uma justiça melhor para todos”.
A ministra austríaca também destacou que a justiça só é plena com igualdade de gênero. Alma Zadic acrescentou que as mulheres na política e no judiciário provaram ser “agentes de mudança cruciais”.
O Unodc destaca ainda que diversidade e inclusão enriquecem todas as instituições e contribuem para uma maior responsabilidade. As juízas trazem diferentes perspectivas e experiências, fortalecendo os sistemas judiciais.
Para a agência especializada no combate ao crime, as mulheres em cargos de liderança ajudam a interromper as redes de conspiração, impulsionando medidas contra a corrupção.
Acesso à justiça
Segundo o Unodc, a representação das mulheres na aplicação da lei e nas instituições judiciais tem sido associada a respostas ao crime mais eficazes e centradas na vítima.
O número de mulheres e meninas que entram em contato com o sistema de justiça criminal, como vítimas, testemunhas e prisioneiras, aumentou nos últimos 20 anos.
No entanto, ainda são necessários mais esforços para apoiar o grupo no acesso à justiça e garantir que as instituições de justiça criminal respondam plenamente às suas necessidades.
Ao investir no avanço das mulheres e em líderes de justiça feminina, o Unodc acredita que seja possível ajudar a garantir que o sistema atenda melhor as mulheres e todos os membros da sociedade.
Fonte: ONU News/Foto: UN Mexico/Luis Arroyo/Margarita Rios Farjat, Ministra da Corte Suprema de Justiça da Nação no México