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Moçambique segue vigilante sobre ciclones, diz ministro das Obras

Após ser afetado pelo ciclone Freddy, por duas vezes, num espaço de semanas, Moçambique segue em alerta na reta final da estação de tempestades tropicais.

Os serviços de meteorologia não preveem mais nenhum incidente natural, mas segundo o ministro de Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Carlos Mesquita, a orientação do governo é de preparação e vigilância.

Mudanças climáticas

Ele falou à ONU News durante sua visita às Nações Unidas, em março, quando participou da Conferência da Água, em Nova Iorque.

Para Carlos Mesquita, a passagem do Freddy castigou o país que ainda se recuperava dos grandes estragos deixados por dois grandes ciclones em 2019: Idai e Kenneth.

“Nós tivemos, em 2019, dois ciclones de envergadura grande também que foi o Idai, que nos encontrou, pela sua dimensão, de certo modo desprevenidos, e em menos de um mês, tivemos o Kenneth, numa outra zona do país. Mas de lá para cá, vamos dizer que aprendemos melhor a lição. E o governo, portanto, deu orientações muito claras ao Instituto Nacional de Gestão de Desastres. Para se  organizar, para se preparar, para se equipar, para se formar. E criar condições também de regularidade. Não esperar que os ciclones e as mudanças climáticas apareçam com elementos estranhos para fazer uma consciencialização da população sobre as questões dos desastres naturais e de modo particular, os ciclones, que para nós acontecem entre janeiro a abril, e portanto, ainda estamos nessa época.”

Colheitas arrasadas agravam situação

Na semana passada, o Programa Mundial de Alimentos, PMA, divulgou dados do rastro de destruição causado pelo Freddy a Moçambique.

Segundo a agência da ONU, as operações para atender a mais de 541 mil sobreviventes do desastre natural precisam ainda de US$ 26,7 milhões.

Mais de 550 mil hectares de terras agrícolas foram danificados pela tempestade que arrasou as colheitas.

Dados do governo revelam que o Freddy matou 183 moçambicanos e danificou 283 mil casas.

A passagem do ciclone só agravou a situação de muitas comunidades que já enfrentavam insegurança alimentar antes da tempestade.

Fonte: ONU News/Foto: Unicef

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