
A ex-primeira-dama do Brasil, Michelle Bolsonaro (PL), se manifestou sobre a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 33 pessoas. Em entrevista ao portal O Antagonista, Michelle classificou a ação como uma forma de “tortura psicológica”, comparando-a a um “pau de arara do século XXI”.
“Estão tentando justificar tudo com base em uma delação que, aparentemente, foi obtida por meio de ameaças e práticas que mais se assemelham a uma tortura psicológica, um pau de arara do século XXI”, declarou Michelle. Ela ainda afirmou que a denúncia faz parte de uma estratégia para desviar a atenção das dificuldades do atual governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Essas coisas parecem surgir para tentar disfarçar as trapalhadas do governo”, disse a ex-primeira-dama, sugerindo que as investigações têm o objetivo de encobrir a crescente desaprovação da atual gestão, conforme apontam pesquisas recentes.
Michelle Bolsonaro também criticou o sistema judiciário do Brasil, afirmando que o mesmo está “fragilizado” e que os direitos fundamentais nunca foram “tão violados”. Segundo ela, as supostas ilegalidades cometidas nas investigações podem trazer consequências internacionais.
“As ilegalidades cometidas estão sendo escancaradas ao mundo e podem trazer consequências. Meu marido é inocente. Não há e nem haverá nenhuma prova contra ele, porque elas não existem”, declarou.
Denúncia contra Bolsonaro
A denúncia da PGR, baseada em um relatório de 272 páginas, aponta Jair Bolsonaro como o líder de uma suposta trama golpista para se manter na Presidência da República após sua derrota nas eleições de 2022. O ex-presidente foi denunciado pelos seguintes crimes:
- Organização criminosa armada;
- Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- Golpe de Estado;
- Dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, com considerável prejuízo para a vítima;
- Deterioração de patrimônio tombado.
A investigação envolve diversos aliados do ex-presidente e se apoia em provas obtidas pela PGR, incluindo delações premiadas e materiais apreendidos durante as operações da Polícia Federal.
O caso segue em análise pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que decidirá os próximos passos do processo. Enquanto isso, Bolsonaro e seus aliados continuam negando qualquer envolvimento em um suposto plano golpista.
IA – Imagem: Isaac Nóbrega