Na reta final da campanha eleitoral no Piauí, o grupo de oposição que tem como candidato ao governo pelo União Brasil, Sílvio Mendes, passa a se utilizar, segundo denúncias, de agressões e de atitudes consideradas antidemocráticas contra a campanha do seu principal opositor, Rafael Fonteles, que concorre pelo PT. Na Vila Irmã Dulce, por exemplo, zona Sul de Teresina, o jornalista Efrém Ribeiro, que faz parte da assessoria de Sílvio Mendes e Ciro Nogueira, ministro-chefe da Casa Civil, bolsonarista, tentou impedir uma ação social no bairro, que é realizada há vários anos.
Os moradores, revoltados, se reuniram em frente ao local da ação social e passaram a gravar vídeos denunciando a atitude do jornalista, que, até agora, não se pronunciou sobre o episódio. Em uma gravação, uma das moradores dá detalhe da ação e reclama da atitude do jornalista, que, segundo ela, queria também provocar os moradores para receber agressões físicas para criar um fato político, o que, aliás, é considerado modus operandi do repórter para ganhar a mídia e se promover profissionalmente. A própria moradora destaca isso.
A Polícia foi acionada e o jornalista foi autuado, para que os moradores da Vila Irmã Dulce prosseguissem com seu trabalho de ação social.
Sílvio Mendes, que já foi por duas vezes prefeito de Teresina, parece que não conseguiu, ao longo de suas gestões, amenizar o problema de carência da comunidade, uma das maiores da cidade. E diante da possibilidade de vitória de Rafael Fonteles ainda no primeiro turno, especialistas analisam que bateu o desespero na oposição, que até há bem pouco tempo vinha liderando as pesquisas de intenção de voto. Mas o jogo agora virou.
Como bolsonarista que é, mas que vinha tentando esconder, Sílvio Mendes foi desmascarado pelo próprio Jair Bolsonaro, que através do Twitter declarou que o candidato do União Brasil no Piauí é seu apoiador. As agressões, como ocorreu na Vila Irmã Dulce, são também consideradas contumaz na esfera bolsonarista.
