A equipe de médicos do projeto Mude a Curva deu início, no Hospital Getúlio Vargas (GHV), nesta quinta-feira (12), à série de procedimentos cirúrgicos que vão beneficiar adolescentes piauienses que sofrem de escoliose. A expectativa é que sejam realizadas 24 cirurgias até o dia 17 de agosto.
O ortopedista e coordenador do projeto Mude a Curva, Rodrigo Amaral, destaca que a iniciativa tem como objetivo dar celeridade ao tratamento de escoliose nessas crianças e adolescentes e deixar um legado educacional no HGV. “O projeto nasceu, não só com uma ação filantrópica, mas para gerar coerência, conhecimento e educação médica e, com isso, conseguir levar o tratamento de escoliose a lugares que a gente não conseguia fazer ou acelerar o processo em hospitais, como este que estamos visitando agora e que já tem o serviço em andamento. A gente vem trazer nossa experiência em parceria público-privado, acelerando o tratamento dessas crianças que aguardam”, explica.
A cirurgiã ortopédica do HGV, Ayrana Soares, fala da importância do mutirão e da preocupação do Estado em oferecer saúde de qualidade para os pacientes que aguardam por um procedimento na rede pública. “A ideia do mutirão surgiu da interação que a gente fez com o pessoal do Mude a Curva. Pensamos que seria uma boa forma de reduzir o tempo de espera desses pacientes, pois temos fila, não somente de pacientes com deformidades, mas com doenças degenerativas, várias patologias que acometem a coluna vertebral, de modo geral. A importância disso, acredito que, não somente para essas pessoas individualmente, é mostrar que nosso Estado está, realmente, preocupado em oferecer saúde de qualidade para as pessoas que estão aguardando em fila”, explica.
O projeto faz parte de uma ação integrada da Associação Brazilian Spine Study Group (BSSG), com o apoio da NuVasive, empresa de dispositivos médicos que doou o material que será realizado nas cirurgias. O mutirão acontece até o dia 17 de agosto, simultaneamente, no HGV e no Hospital Infantil Lucídio Portela (HILP).