Osenador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) disse nesta quinta-feira (8) que deve representar na Procuradoria-Geral da República (PGR) e no Conselho de Ética do Senado contra o relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL). Desafetos, Renan e Flávio já bateram boca e trocaram xingamentos publicamente.
Covaxin
O contrato para compra da vacina Covaxin investigado por supostas irregularidades pela CPI da Covid, pela Policia Federal e pelo Ministério Público não deveria ter sido suspenso, na opinião de Flávio Bolsonaro. Questionado se a paralisação do negócio após as denúncias virem a público não teria sido uma ação tardia, o senador afirmou que a suspensão, para ele, não seria necessária.
“Não acho que foi tardia, acho que não tinha nem que ter sido suspenso o processo da Covaxin, tem que se aguardar as investigações, deixar tudo pronto, e se comprovar que não houve nada, como até agora não há comprovação de que houve alguma coisa, você providenciaria mais vacina no braço do brasileiro de forma mais rápida”, disse Flávio a uma jornalista.
Como mostrou o Estadão/Broadcast, o governo de Jair Bolsonaro fechou contrato para a compra da Covaxin por um preço 50% mais alto do que o valor inicial da oferta, de US$ 10 por dose. O acordo, fechado em 25 de fevereiro deste ano, prevê pagamento de US$ 15 a unidade, o mais alto entre os seis imunizantes negociados até agora pelo País.
Irregularidades no preço e suspeitas de fraude na negociação do imunizante estão entre os pontos investigados pela CPI da Covid. O servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda também afirmou à comissão que houve uma pressão atípica para que ele agilizasse o processo de importação da vacina.
“Suspensão, acredito eu, é muito mais numa linha prudência, esperar ver o que vai acontecer, e tomar decisão em seguida. Então no meu ponto de vista nem precisaria haver a suspensão desse procedimento, até porque se não me engano já está na Anvisa”, afirmou o filho “01” de Jair Bolsonaro.
Fonte: Estadão Conteúdo