Estado brasileiro apresenta ações de educação em direitos humanos em cúpula na ONU
Na semana passada, as Nações Unidas abrigaram a Cúpula Internacional da Juventude sobre Direitos Humanos. O evento discutiu a aplicação prática desses direitos pelos jovens, especialmente através da educação.
Dentre os participantes estavam a secretária de Direitos Humanos do Estado do Espírito Santo, Nara Borgo, e o subsecretário de Políticas da Juventude, Jiberlândio Miranda.
Desinformação e distorção
Em entrevista à ONU New, a secretária Nara Borgo ressaltou a importância da educação em direitos humanos para a juventude. Segundo ela, é fundamental que os jovens “promovam esses direitos sendo protagonistas deles”. Ela falou sobre a urgência do combate à desinformação e citou algumas ações do Espírito Santo nessa área.
“A gente tem um projeto com cartilhas, podcasts e filmes em que a gente faz esse trabalho formal, mas também de maneira lúdica ou por meio da cultura, por meio da arte, por meio do esporte, a gente também fala de direitos humanos, a gente também educa esse jovem. Ele já começa a se fortalecer e a espalhar na comunidade onde vive a importância dos direitos humanos, para desmistificar esse preconceito que foi criado ao longo do tempo em relação aos nossos direitos que são fundamentais.”
Nara Borgo considera que os jovens conseguem dialogar abertamente sobre diversos temas de direitos humanos, como diversidade sexual, pessoas com deficiência, dentre outros.
Demandas da juventude
Já o subsecretário Jiberlândio Miranda ressaltou o Conselho Estadual da Juventude, para que os jovens levem suas demandas e “digam o que pensam em saúde, educação e segurança pública”, dentre outros temas.
Sobre prioridades apresentadas pela população jovem, o subsecretário destacou as pautas ligadas a diversidade sexual e de gênero.
“Dentro da pauta de direitos humanos especificamente, nós temos a formação em direitos humanos para pessoas Lgbts. Inclusive nós temos no estado do Espírito Santo o projeto “juventudes”, que é justamente um projeto que lançamos para investir em coletivos juvenis. Eles se inscrevem, disputam, e o estado financia esses coletivos. E nós temos a maioria desses coletivos dentro da temática de direitos humanos para jovens Lgbts.”
Experiência exitosa
Jiberlândio Miranda relatou também a experiência dos Centros de Referência da Juventude, CRJs, que ele classificou como “mola propulsora para a sociedade”.
“A juventude não é o futuro do Brasil, não é o futuro do mundo, ela é o presente, ela é o agora.”
Segundo o subsecretário, esses centros são espaços de capacitação cultural, intelectual e em direitos humanos e cada um deles atende cerca de 900 a 12 mil jovens.
Existem atualmente, 14 CRJs implantados em 10 cidades do estado, especialmente em periferias.
De acordo com a secretária Nara Borgo, os CRJs foram destaque no Fórum Mundial de Direitos Humanos de 2023, que foi realizado na Argentina.
Fonte: ONU News – Foto: ONU News