O Centro de Referência da Mulher em Situação de Violência – Esperança Garcia (CREG), comemorou oito anos de funcionamento em Teresina nesta sexta-feira (31). Desde a sua fundação, o espaço já realizou 9.780 atendimentos a mulheres em situação de violência doméstica, familiar e de gênero. Ao todo, 1.646 mulheres foram inseridas no serviço.
A secretária de Políticas Públicas para Mulheres, Karla Berger, explica que o serviço é ofertado para mulheres residentes em Teresina, com idades entre 18 e 59 anos. No espaço são oferecidos assistência jurídica, social e psicológica, além de práticas integrativas e complementares em saúde e cursos de capacitação profissional gratuitos.
“O local funciona como o espaço de fortalecimento para que essa mulher, no tempo dela, rompa o ciclo de violência”, explica Karla. “É um espaço sigiloso, gratuito, com acesso às profissionais multidisciplinares para romper o ciclo da violência. Existem vários tipos de violência, muitos ainda não percebidos pela vítima. Aqui, com o atendimento, ela vai se fortalecer e superar os traumas deixados pelas agressões”, informa.
Desenvolvido em parceria com a Ação Social Arquidiocesana (ASA), o Centro Esperança Garcia é o único serviço que atende diretamente mulheres em situação de violência residentes em Teresina. Segundo Roberta Mara, coordenadora do Centro, o objetivo principal do serviço é fazer com que as mulheres rompam com o ciclo da violência, seja ela psicológica, física ou patrimonial.
A Secretária da Mulher comemorou o aniversário do CREG dando um destaque à política habitacional. O Creg conseguiu inserir àquelas que necessitavam de uma moradia. São mulheres que estão vinculadas aos serviços prestados pelo Centro de Referência, pois, tendo em vista a dificuldade de romper com o ciclo de violência pela falta de moradias. No total, foram 21 mulheres contempladas. “Contamos para isso, com uma parceria com a SEMDUH”, explica a Coordenadora do CREG, Roberta Mara.
De acordo Roberta, nos últimos anos, nenhuma das mulheres que passaram pelo serviço foi vítima de feminicídio. “Nosso serviço tem se mostrado bastante exitoso com aquelas mulheres que são atendidas. O nosso espaço não é um ambiente de denúncia, mas sim de sigilo e acolhimento, em que estamos preocupados em ajudá-las a romper com o ciclo da violência e recuperarem sua autoestima”, destaca a coordenadora.
Fonte: SMPM