“É no semiárido que a vida pulsa! É no semiárido que o povo resiste!”. A mensagem ecoou nas vozes de centenas de pessoas que comemoraram a retomada dos investimentos do Governo Federal no Programa Nacional de Apoio à Captação de Água da Chuva e Outras Tecnologias Sociais de Acesso à Água, o Programa Cisternas. A ação, comandada pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), aconteceu nesta sexta-feira (12.01), no município de Lagoa de São Francisco (PI), e contou com a presença do ministro Wellington Dias e do governador do Piauí, Rafael Fonteles, entre outras autoridades.
Durante o evento, Wellington Dias destacou a recuperação do Programa Cisternas pelo governo Lula. O objetivo é promover o acesso a água de qualidade para o consumo humano e animal e para a produção de alimentos a partir de tecnologias de baixo custo. Wellington Dias frisou que se trata de uma política pública de implementação simples, retornando depois de seis anos de redução das entregas.
“Este programa passou seis anos esquecido, mas, com a volta do presidente Lula, pudemos retomar o investimento e levar novamente os benefícios para as comunidades que mais precisam. Em 2023, já foram contratadas 51 mil cisternas para o semiárido, sendo 47 mil de consumo e 4 mil de produção, com um investimento de cerca de R$ 400 milhões em todo o país. Nossa meta é chegar a 221 mil cisternas até o fim de 2026”, enfatizou.
O ministro informou ainda que, para o estado do Piauí, foram destinadas 6.200 cisternas de consumo e 460 cisternas de produção, totalizando R$ 53 milhões em investimentos.
“A volta do presidente Lula representa a volta do Programa Cisternas. Representa a volta do Programa de Aquisição de Alimentos. Representa a volta da atenção para as comunidades indígenas e quilombolas. E nós estamos ao lado do presidente Lula e do ministro Wellington Dias para, juntos, garantirmos mais desenvolvimento para o Piauí”, afirmou Rafael Fonteles.
“Um dado que comprova esse compromisso é que o Piauí foi o primeiro estado do Brasil a executar o PAA em comunidade indígena. E somos no primeiro no Nordeste em execução de verbas federais”, revelou o governador.
Simbolismo
Dinaiane Nascimento, que tem origem indígena, discursou no ato e agradeceu o resgate do projeto. Segundo ela, as cisternas vão ajudar na produção de alimentos, na criação de animais e no desenvolvimento das famílias. “Hoje estou extremamente grata por ver o programa, que é de suma importância, ser retomado aqui em nossa comunidade. Temos várias pessoas emocionadas, pois é muito simbólico ser retomado justamente na comunidade Nazaré, que tanto precisa”, avaliou Dinaiane.
“Durante muitos anos fomos esquecidos, mas podemos ver agora carinho e cuidado com nosso povo. Agora nos sentimos ouvidos. Ainda temos muitas necessidades e vamos cobrar mais, mas somos muito gratos por tudo que tem sido feito”, declarou, ao citar, além das cisternas, o PAA e a construção do primeiro museu indígena do Piauí.
Wellington Dias anunciou ainda a liberação de R$ 51 milhões para o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) no Piauí. Desse valor, R$ 1,5 milhão serão destinados para o fortalecimento da Rede SUAS no município de Piripiri e R$ 500 mil para Lagoa de São Francisco.
Também foi assinado convênio com o governo do estado para fortalecer a participação das populações indígenas no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), com a destinação de R$ 1,5 milhão para a aquisição de quatro veículos: duas caminhonetes 4 x 4, um caminhão equipado com baú refrigerado e um caminhão equipado com baú tipo carga seca.
Os veículos apoiarão o escoamento da produção indígena e a entrega de alimentos às famílias locais, unindo as duas pontas: agricultores que fornecem e comunidades que recebem os alimentos.
Assessoria de Comunicação – MDS