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Diretor-geral da FAO para América Latina e Caribe destaca trabalho acelerado do Governo para tirar novamente o Brasil do mapa da fome

No último dia dos Diálogos Amazônicos, neste domingo (6.08), o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome teve uma série de encontros bilaterais com organismos internacionais, povos indígenas e movimentos sociais. Em um deles, Wellington Dias acertou com o representante da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) para a América Latina e o Caribe ações conjuntas para auxiliar o Governo Federal na missão de tirar o Brasil do mapa da fome e garantir segurança alimentar e nutricional para a região.

“Nestes primeiros oito meses,  acredito em uma aceleração bem importante em algumas áreas. Consideramos os resultados muito bons e queremos estar juntos na fase seguinte”

Mario Lubtlkin, representante da FAO para a América Latina e o Caribe

O subdiretor-geral da FAO, Mario Lubtlkin, destacou os esforços que o Governo Federal tem realizado desde janeiro, para retomar a condição de país sem pessoas passando fome, alcançada no relatório da organização de 2014. “Nestes primeiros oito meses, acredito em uma aceleração bem importante em algumas áreas. Consideramos os resultados muito bons e queremos estar juntos nessa fase seguinte”, elogiou.

Com a implantação total do novo Bolsa Família e os novos adicionais por crianças, gestantes e adolescentes até 18 anos incompletos, o Governo Federal já proporcionou em junho de 2023 a retirada de 18,5 milhões de famílias da linha da pobreza. “A FAO fez um reconhecimento dos avanços do Brasil, nestes primeiros meses de mandato do presidente Lula, das políticas para tirar as pessoas da fome”, destacou o ministro Wellington Dias.

O relatório “O Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo (SOFI)”, publicado em julho deste ano pela FAO, revelou uma piora dos indicadores de fome e insegurança alimentar no país. “O Brasil voltou aos mesmos números do início do processo realizado nos anos 2000, mas eu vejo que há uma vontade grande para mudar essa realidade”, prosseguiu Mario Lubtlkin.

Em 2022, 70,3 milhões de pessoas estavam em estado de insegurança alimentar moderada, que é quando têm dificuldade para se alimentar. O levantamento também aponta que 21,1 milhões de pessoas no país estavam em insegurança alimentar grave, caracterizado por estado de fome, no ano passado.

“Espero que no informe anual que a gente faz sobre o cenário global e regional para o próximo ano, que vai corresponder a 2023, porque o informe que lançamos em Nova Iorque em julho corresponde a 2022, seja muito melhor e demonstre que estamos indo pelo caminho certo”, projetou o representante da Agência da ONU.

O uruguaio lembrou que as crises climáticas, energética e de segurança alimentar e nutricional são desafios atuais que os governantes têm que lidar. “A administração do governo brasileiro, eu vejo, estou sentindo e os ministros me relatam, está procurando uma combinação entre sucessos do passado e uma adaptação completa aos cenários novos”.

O tema da segurança alimentar e nutricional, que trata da garantia de que as pessoas possam comer e com qualidade, preservando sua cultura alimentar, é transversal. Envolve meio ambiente, agricultura, política exterior, economia, saúde, desenvolvimento social, educação, dentre outros. O desmatamento na floresta Amazônica está relacionado à fome na região, a insegurança alimentar gera deslocamentos forçados entre os países.

Dessa forma, a cooperação técnica entre o MDS e a FAO prevê uma série de atividades conjuntas. Em outubro, haverá nova reunião entre a área de estatística do organismo internacional e a Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sesan) para discutir metodologias para medir o resultado dos trabalhos de combate à fome no país.

“Acertamos uma parceria técnica na perspectiva de trabalharmos a segurança alimentar e nutricional, a garantia de termos uma rede de produção e abastecimento, trabalhando em parcerias ”

Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome

Outro ponto do trabalho em conjunto são as contribuições e experiências da Agência da ONU para o Plano Brasil sem Fome, que será entregue ainda este mês ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

“Acertamos uma parceria técnica na perspectiva de trabalharmos a segurança alimentar e nutricional, a garantia de termos uma rede de produção e abastecimento, trabalhando em parcerias como a do Bolsa Verde, que vincula a produção de alimentos à floresta produtiva, apoio ao cooperativismo e à agricultura familiar. E nos comprometemos em sermos parceiros da FAO na região”, frisou Wellington Dias.

A FAO reafirmou o compromisso em continuar apoiando os esforços do Governo Federal para mudar os números no Brasil e na região, composta por 33 países. “Mudar números no Brasil é mudar os números na América Latina e no Caribe”, completou.

“O esforço que estamos fazendo é para ter uma nova estratégia de segurança alimentar para a América Latina e o Caribe, onde o Brasil tem que ter um papel muito importante e a gente está trabalhando muito para isso”, concluiu.

Diálogos Amazônicos

O evento coordenado pelo Governo Federal, em parceria com o governo estadual do Pará, com a prefeitura de Belém e com movimentos sociais reuniu 27 mil pessoas entre os dias 4 e 6 de agosto. Foram cinco plenárias-síntese, nas 3 plenárias transversais, nas 405 atividades auto-organizadas com reivindicação de defesa da floresta, proposta de novos modelos de desenvolvimento e muitos anúncios de ações específicas, especialmente pelo governo brasileiro, para a região amazônica.

“É gratificante vir a Belém, na região Amazônica, e participar, como foi a proposta do presidente Lula, desse momento de diálogo. O fato de abrir diálogo é um fortalecimento da democracia”, analisou Wellington Dias, que teve diversos encontros bilaterais, agendas com outros ministros, com organismos da sociedade civil e internacionais, movimentos sociais.

O ministro também participou de uma série de anúncios, por parte do Governo Federal, de ações para a Região Amazônica como o Bolsa Verde e o Plano Safra para a Agricultura Familiar. O titular do MDS e a equipe técnica do ministério ainda integraram mesas de debates e a Plenária sobre saúde, soberania e segurança alimentar e nutricional.

“Estamos falando de milhares de pessoas de todas as regiões do Brasil, de pessoas de países, não só da Amazônia, mas de outras partes do planeta, reunidos em comissões com mais de 400 grupos de diálogo, temas diferentes debatidos para fornecer relatórios que agora, pelas mãos do povo, serão entregues aos Chefes de Estado”, comemorou Wellington Dias.

A síntese dos debates será apresentada na Cúpula da Amazônia, que ocorre nos dias 8 e 9 de agosto, em Belém, e servirá para subsidiar o governo brasileiro na formulação e execução de políticas públicas. A superação dos objetivos de participação motivou a decisão do comitê executivo do evento de incluir mais um relatório entre os que serão entregues aos presidentes da região. Agora seis representantes da sociedade civil entregarão seis relatórios. Além dos temas abordados nas plenárias-síntese, as discussões sobre as amazônias negras e o combate ao racismo ambiental comporão o relatório.

Assessoria de Comunicação – MDS

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