Dia Internacional para Abolição da Escravidão enfatiza 50 milhões de vítimas
Fatores que ditam tipo de servidão incluem pobreza, discriminação e conflito
O mundo observa neste 2 de dezembro o Dia Internacional para Abolição da Escravidão lembrando dos 50 milhões de vítimas de abusos, tráfico humano, trabalho forçado, exploração sexual e casamento forçado.
Para as Nações Unidas, a data mostra a necessidade de se erradicar estas formas contemporâneas de sujeição, que incluem trabalho infantil e recrutamento forçado de crianças para uso em conflitos armados.
Afronta aos direitos humanos
Em mensagem, o secretário-geral, António Guterres, lembra que as vítimas são pessoas fragilizadas pela pobreza, discriminação e conflito, incluindo mulheres e crianças. Os criminosos, por sua vez, “lucram com o sofrimento humano incomensurável”.
Guterres citou o recém-adotado Pacto para o Futuro que prevê a “eliminação do trabalho forçado, o fim da escravidão moderna e do tráfico de pessoas e de todas as formas de trabalho infantil”.
Dignidade humana
O líder da ONU apelou aos governos para reforçar a aplicação da lei, defender a dignidade humana, proteger, libertar e apoiar as vítimas, além de levar os responsáveis à justiça.
Ele quer que as empresas garantam cadeias de suprimentos livres de exploração e promovam práticas trabalhistas justas e transparentes.
Guterres diz que o mundo precisa se unir para detectar, denunciar e abolir formas contemporâneas de escravidão em qualquer lugar.
O Dia Internacional para a Abolição da Escravidão foi criado pela Assembleia Geral após a aprovação da Convenção das Nações Unidas para a Supressão do Tráfico de Pessoas e da Exploração da Prostituição de Outros.
Exploração sexual comercial forçada
A organização estima que um em cada oito envolvidos no trabalho forçado é menor de idade. Mais da metade deles está em situação de exploração sexual comercial, a maioria de casos de trabalho forçado se encontra no setor privado.
Quase quatro em cada cinco dos que estão em exploração sexual comercial forçada são mulheres ou meninas.
Na Livraria da ONU, em Nova Iorque, a brasileira Djamila Ribeiro acolhe uma sessão de autógrafos pelo novo livro “Where we Stand”, ou “Onde estamos” recentemente publicado em inglês pela Universidade de Yale, nos Estados Unidos.
Os editores do livro lançado em agosto ressaltam que a obra apresenta discussões contemporâneas sobre poder e identidade.
Fonte: ONU News – Imagem: ONU News/Elizabeth Scaffidi