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Datafolha: Lula lidera cenários para 2026 mesmo com reprovação em alta

No principal cenário, que inclui Jair Bolsonaro (PL), Lula aparece com 36% das intenções de voto, contra 30% do ex-mandatário

A mais recente pesquisa do instituto Datafolha, divulgada neste sábado (6/4), revela que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue na liderança das intenções de voto para as eleições presidenciais de 2026, mesmo diante de uma taxa de reprovação que supera a de aprovação.

No principal cenário testado, que inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) — atualmente inelegível até 2030 — Lula aparece com 36% das intenções de voto, contra 30% do ex-mandatário. Ciro Gomes (PDT) tem 12%, seguido por Pablo Marçal (PRTB), também inelegível, com 7%, e Eduardo Leite (PSDB), com 5%. Brancos, nulos ou nenhum somam 9%, enquanto 2% não souberam responder.

Cenário com Bolsonaro

  • Lula (PT): 36%

  • Jair Bolsonaro (PL): 30%

  • Ciro Gomes (PDT): 12%

  • Pablo Marçal (PRTB): 7%

  • Eduardo Leite (PSDB): 5%

  • Branco/Nulo/Nenhum: 9%

  • Não sabem: 2%

Quando Bolsonaro é retirado da disputa, o eleitorado de direita se fragmenta. Nesse cenário, Lula mantém 35% das intenções de voto, enquanto Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, aparece em segundo lugar com 15%. Ciro Gomes e Pablo Marçal empatam com 11%. Outros nomes como Ratinho Junior (PSD), Romeu Zema (Novo), Eduardo Leite e Ronaldo Caiado (União Brasil) pontuam menos de 5%.

Cenário sem Bolsonaro

  • Lula (PT): 35%

  • Tarcísio de Freitas (Republicanos): 15%

  • Ciro Gomes (PDT): 11%

  • Pablo Marçal (PRTB): 11%

  • Ratinho Junior (PSD): 5%

  • Eduardo Leite (PSDB): 3%

  • Romeu Zema (Novo): 3%

  • Ronaldo Caiado (União Brasil): 2%

  • Branco/Nulo/Nenhum: 11%

  • Não sabem: 3%

Popularidade em disputa

Apesar da liderança nas intenções de voto, Lula ainda enfrenta dificuldades em relação à avaliação de seu governo. Segundo o Datafolha, 38% dos entrevistados consideram a gestão petista ruim ou péssima, enquanto 29% avaliam como ótima ou boa. Outros 32% classificam o governo como regular, e 1% não soube opinar.

Aliados do presidente viram os números com otimismo. A avaliação é de que a queda na popularidade foi estancada, e o foco agora será mostrar resultados concretos nas áreas sociais e econômicas para recuperar terreno até o pleito de 2026.

“Até o fim do ano a gente vira o jogo”, disse o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), afirmando acreditar na reeleição de Lula e na derrota do que chamou de “chaga do fascismo”.

Direita contesta resultados

Do lado oposto, a família Bolsonaro minimizou os dados da pesquisa. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) criticou a metodologia e afirmou que as pesquisas “não refletem a realidade das ruas”. Segundo ele, Lula evita aparições públicas por receio de vaias, enquanto o ex-presidente seria constantemente bem recebido por onde passa.

Metodologia

A pesquisa foi feita presencialmente entre os dias 1º e 3 de abril, com 3.054 pessoas de 16 anos ou mais, em 172 municípios do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Edição JP – Imagem: Ricardo Stuckert

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