A Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas (Semcaspi), por meio da Gerência de Direitos Humanos (GDH), deu início nesse sábado, (28), à Cultura Negra Estaiada na Ponte, no complexo da Ponte Estaiada. O evento seguiu até este domingo, (29), com feira de produtos artesanais e danças culturais.
O Cultura Negra Estaiada na Ponte, que foi transmitido virtualmente pelas redes da Semcaspi, reuniu 49 empreendedores com estandes de produtos artesanais e 10 grupos de dança, trazendo as culturas: negra, o Boi-Bumbá, capoeira e até a dança cigana.
De acordo com o secretário da Semcaspi, Allan Cavalcante, a 9ª edição do evento se propôs a trazer melhor estrutura, com cobertura, áreas com climatizadores, internet e um camarim aos artistas.
“Está é a primeira vez, dentro de nove edições, que a gestão conseguiu dar um suporte a mais, uma estrutura melhor e maior aos empreendedores e ainda o apoio logístico em todos os aspectos. A gente contou com o apoio de outras secretarias, como a Semest, a Semdec, a Fundação Monsenhor Chaves, Fundação Wall Ferraz e outras, dando todo o suporte necessário. Este evento mostra o sentimento da gestão do Doutor Pessoa, que é ser contra a intolerância religiosa, racial, seja qualquer tipo de intolerância e lembrar que somos todos iguais”, ressaltou.
Segundo o gerente da GDH, André Santos, mesmo seguindo as normas sanitárias contra a Covid-19, o evento conseguiu realizar o que foi proposto entre a Prefeitura de Teresina e os grupos culturais envolvidos.
“De uma forma diferenciada, devido à pandemia e às normas da OMS, a gente consegue atender os grupos envolvidos com as feiras e os shows culturais. Antes, era feita a Caminhada do Axé, que infelizmente, este ano, não poderemos fazer. Mas, como tradição, foi entregue a oferenda, como eles fazem nas religiões, que eles cultuam. E a Semcaspi com as demais secretarias da Prefeitura de Teresina, não poderiam deixar de estar apoiando e fazendo este evento maravilhoso acontecer”, destacou.
Para Fátima Zumbi, uma das organizadoras do evento, mesmo com todos os novos desafios, os grupos de empreendedores e artísticos estão satisfeitos com o acolhimento dado a eles.
“Nós estamos aqui para mostrar nossa cultura. Os grupos afro marcando presença e nós tivemos uma novidade a mais nesta edição, que foi o espaço vip de feira, de comercialização. Ou seja, nós não tínhamos nas edições passadas, um espaço todo coberto para nossa feira. Este acolhimento nos deixa bastante felizes. Porque nós estamos aqui para viver a resistência, resiliência da negritude e dos grupos de matrizes africanas”, pontuou.
AMPLA PARTICIPAÇÃO
Cláudio Zumbi, um dos empreendedores, contou que esta é a primeira vez que a Feira trouxe empreendedores hippies, da Praça João Luís Ferreira e da Praça Pedro II e também o projeto “Mães da AMA”, que trabalham com a tipografia de bonecas negras
“Nós estamos comemorando, não apenas, o encerramento das festividades do aniversário de Teresina, mas também a receptividade com a comunidade negra neste evento. Este ano, tivemos um diferencial, percebemos aquilo que a Prefeitura, o próprio Doutor Pessoa fala, que é trabalhar o social. A Cultura Negra é isso, a gente trabalha a promoção da igualdade social, das pessoas”, explicou.