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Criança de 11 anos pode ser único sobrevivente de naufrágio que matou 40 no Mediterrâneo

Menina da Serra Leoa foi encontrada flutuando em Lampedusa

Mais de 40 migrantes podem ter morrido após um naufrágio na costa de Lampedusa, na Itália, nessa quarta-feira. A única sobrevivente é uma menina de 11 anos. Segundo ela, o barco também transportava mulheres e crianças.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, revela que a menina foi encontrada flutuando na água no meio da madrugada, sozinha, usando um colete salva-vidas e agarrada a duas câmaras de ar. Ela não tinha água potável nem comida.

Terceiro naufrágio fatal em semanas no Mediterrâneo

De acordo com o médico que socorreu a sobrevivente de Serra Leoa, ela passou pelo menos 12 horas nas águas.

A embarcação submergiu durante uma tempestade após partir de Sfax, na Tunísia. Parentes da menina morreram afogados no terceiro naufrágio de migrantes no Mediterrâneo, nas últimas semanas.

Desde 2014, quase 31 mil pessoas perderam a vida ou desapareceram nessa rota. As crianças são 20% dos migrantes que usam o Mediterrâneo ao fugir de conflitos violentos e da pobreza.

Rotas seguras, legais e acessíveis

O Unicef recomenda aos governos que utilizem o Pacto de Migração e Asilo para reforçar seu compromisso com a proteção infantil assegurando rotas seguras, legais e acessíveis para que crianças busquem proteção e se juntem aos seus familiares.

Agências de notícias revelaram ainda que um total de 356 migrantes desembarcaram na ilha siciliana durante a madruga, antes da chegada da menina resgatada pelo navio Trotamar III usado por uma ONG de resgate.

Os recém-chegados viajavam em cinco barcos, incluindo uma embarcação transportando 111 passageiros provenientes do Egito, da Eritreia, do Paquistão, da Síria, do Sudão e da Somália com 13 mulheres e 11 menores.

Vítimas de naufrágios no Mediterrâneo Central em 2024

Os outros barcos resgatados na noite de quarta-feira eram provenientes da Líbia carregando entre 45 e 87 passageiros de países como Bangladesh, Síria, Marrocos, Sudão e Irã.

A Organização Internacional para Migrações, OIM, confirmou a morte de cerca de 618 pessoas e o desaparecimento de 918 no Mediterrâneo Central durante este ano.

Os dados sobre os que embarcam da Líbia usando a grande rota marítima de migração ilegal para a Itália e Europa, entre 1º de janeiro a 7 de dezembro, revelam que 20.894 pessoas interceptadas no mar foram devolvidas ao país africano.

Fonte: ONU News – Imagem: Guarda Costeira Italiana/Massimo Sestini

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