Conselho da Federação da Rússia ratifica anexação de territórios ucranianos
(CNN) – A câmara alta do Parlamento russo votou, nesta terça-feira (4), para aprovar a incorporação de quatro regiões ucranianas à Rússia, enquanto Moscou se prepara para anexar formalmente o território que ocupava de Kiev durante seu conflito de sete meses.
Em uma sessão na terça-feira, o Conselho da Federação ratificou por unanimidade a legislação para anexar as regiões de Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia da Ucrânia, após uma votação semelhante na Duma, a câmara baixa da Rússia, ontem.
Os documentos agora voltam ao Kremlin para a assinatura final do presidente Vladimir Putin para anexar formalmente as quatro regiões, que representam cerca de 18% do território ucraniano reconhecido internacionalmente.
A Rússia declarou as anexações depois de realizar o que chamou de referendos em áreas ocupadas da Ucrânia. Governos ocidentais e Kiev disseram que os votos violaram a lei internacional e foram coercitivos e não representativos.
Apesar de ter passado pelo parlamento russo, o Kremlin ainda não designou formalmente as fronteiras das novas regiões – grande parte das quais está sob o controle das forças da Ucrânia. Como tal, ainda não está claro onde a Rússia demarcará suas próprias fronteiras internacionais quando a anexação estiver concluída.
Nesta segunda-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que as consultas estão em andamento sobre as fronteiras das regiões de Zaporizhzhia e Kherson.
A Rússia não tem controle total sobre nenhuma das quatro regiões.
A Ucrânia obteve mais ganhos no campo de batalha nesta segunda-feira, levando território dezenas de quilômetros atrás das linhas de frente anteriores na região sul de Kherson, de acordo com relatórios de autoridades instaladas na Rússia.
Enquanto isso, suas forças controlam apenas cerca de 60% da região de Donetsk e 70% de Zaporizhzhia, enquanto os recentes avanços ucranianos também empurraram as linhas de frente de volta para Luhansk, uma região sobre a qual as forças russas reivindicaram controle total em julho.
Fonte: CNN