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Congresso – Centrão no protagonismo com definição de nova Mesa Diretora para o biênio 2025-2026

Especialistas avaliam que a nova configuração amplia a força da oposição e do Centrão

A Câmara dos Deputados e o Senado Federal elegeram os novos membros da Mesa Diretora, consolidando o domínio do Centrão e fortalecendo a oposição no Congresso. No Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) assumiu a presidência, com Eduardo Gomes (PL-TO) e Humberto Costa (PT-PE) nas vice-presidências. Já as secretarias ficaram com senadores do PSD, MDB, PDT e PP.

Na Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) foi eleito presidente, enquanto Altineu Côrtes (PL-RJ) e Elmar Nascimento (União-BA) assumiram as vice-presidências. O PT, PP, PSD e MDB ocuparam as secretarias da Casa.

Impacto político

Especialistas avaliam que a nova configuração amplia a força da oposição e do Centrão. O PL, principal partido oposicionista, garantiu posições estratégicas, como a vice-presidência das duas Casas e o comando de comissões essenciais, como Infraestrutura, Segurança Pública e Direitos Humanos.

Além disso, a eleição de Hugo Motta representa a continuidade da gestão anterior sob Arthur Lira (PP-AL), mantendo a influência do Centrão sobre a agenda legislativa. Analistas também apontam que a nova composição do Congresso deve dificultar a articulação do governo Lula.

Comissões e perspectivas

No Senado, a definição dos presidentes das comissões deve ocorrer na próxima semana. O PSD, que possui a maior bancada, deve ficar com a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), com Otto Alencar (PSD-BA) como favorito. O PT articula para presidir as comissões de Educação e Meio Ambiente. Já o PL, da oposição, deve comandar as comissões de Segurança Pública e Infraestrutura, enquanto Damares Alves (Republicanos-DF) é a mais cotada para presidir a Comissão de Direitos Humanos.

Na Câmara, as negociações para a presidência das comissões devem ocorrer após o Carnaval. A Comissão de Saúde deve ser uma das mais disputadas, já que metade dos recursos das emendas parlamentares será destinada ao setor.

Enquanto isso, os ex-presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, retornam às suas atividades como parlamentares. Nos bastidores, especula-se que ambos podem integrar o governo Lula, mas eles evitam confirmar qualquer movimentação.

CB – IA – Imagem: Marcos Oliveira e Bruno Spada

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