“Diante do colapso da Covid-19, eis a nova cara de líder do Brasil”. Essa é a manchete desta semana da Revista Nordeste, apontando o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), como liderança nacional no enfrentamento à pandemia. O gestor piauiense vem se revelando, desde o ano passado, como grande articulador político e também de gestão governamental, o que levou outros governadores a colocá-lo naturalmente como grande liderança na resolução da crise sanitária que abala o Brasil e no diálogo com o Congresso Nacional e Ministério da Saúde.
Presidente do Consórcio Nordeste, que reúne os gestores estaduais da região, e do Fórum de Governadores, Wellington Dias é classificado pela revista com grande articulador de desempenho. “Recebi a confiança dos governadores para cuidar da pandemia, com atitudes fortes a partir da vacinação, que haveremos de ampliar à altura das necessidades e adotar, se necessário, medidas restritivas e ainda cuidar dos fatores econômicos”, disse o governador do Piauí em um trecho da entrevista.
Sobre medidas restritivas, Wellington Dias baixou decretos antecipando feriados no Piauí e adotando lockdown parcial por dias, entre 26 de março de 4 de abril, para conter o avanço da transmissibilidade do novo coronavírus no estado. Numa atitude ousada, decidiu, inclusive, fechar as praias do litoral, bastante procuradas neste período da Semana Santa, com a finalidade de evitar aglomerações e, consequentemente, o conter a pandemia.
Na entrevista à Revista Nordeste, Wellington Dias detalha as principais ações que vêm sendo desenvolvidas em torno da pandemia da Covid-19 no Brasil, mas sublinha a importância de uma coordenação nacional, a partir da Presidência da República, para o enfrentamento e a resolução dos principais problemas relacionados à crise sanitária. “Esperamos uma coordenação nacional há tempos, que integre os diversos poderes, municípios, estados e governo federal, juntamente com o setor de empresários, dos trabalhadores. Já nos reunimos com as centrais sindicais, com a OAB, recentemente, com a CNBB, com os artistas, com a academia, com as universidades. Esse caminho é para unir todo o Brasil, porque isso não é só um jogo de palavras, mas atitudes para salvar vidas, reduzir mortes e dores, é disso que se trata”, assinalou o governador.
Para o governador piauiense, é preciso formular uma agenda nacional para conter a crise. “Acredito que a gente tem duas opções no Brasil: será por amor ou pela dor. Já estamos tomando muitas decisões pela dor”, acentuou Wellington Dias, referindo-se ao número de mortos no país pela Covid, mais de 300 mil pessoas que perderam a vida para a doença. Diz ainda o governador sobre importância do auxílio financeiro emergencial para ajudar a população nesse momento.
Na entrevista, Wellington Dias lamenta a forma como o presidente da República trata os governadores, com críticas completamente fora de contexto. Para ele, a crise sanitária no Brasil só não é pior pela ação da própria oposição, que conseguiu estabelecer um plano emergencial para o Brasil.
Redação