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Ciro Nogueira aposta em desembarque do Centrão do Governo Lula

Presidente do PP, o senador já adiantou que a sigla não apoiará a candidatura petista

A crise de popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem encarecido o apoio do Centrão, colocando em xeque a permanência de partidos aliados no governo e seu suporte para as eleições de 2026. Nesta quinta-feira (6/3), o presidente do Partido Progressistas (PP), Ciro Nogueira, afirmou que sua legenda não apoiará Lula na próxima disputa presidencial. Além disso, ele disse acreditar que outras siglas do Centrão, como Republicanos, União Brasil e PSD, também tendem a abandonar o governo petista.

Atualmente, esses quatro partidos possuem ministros na administração federal. No entanto, segundo Nogueira, a pressão de correligionários para que o PP desembarque do governo tem crescido. “São partidos que têm muita identificação. Quanto mais se aproximar a eleição, mais as pessoas vão ser cobradas, vão ter que prestar contas dos seus mandatos. Republicanos, União Brasil e Progressistas têm muita identidade de pensamento. A grande maioria nos partidos tem um viés de oposição. O PSD também tem um pouco, tem uma liderança mais isolada, que é o (Gilberto) Kassab”, afirmou em entrevista à GloboNews.

O presidente do PP foi categórico ao afirmar que não acredita na permanência dessas siglas na base do governo em 2026. “Eu acho muito difícil, impossível, que esses quatro partidos estejam com Lula na eleição de 2026. O meu, com certeza, não estará”, destacou.

Futuro de Fufuca no governo em risco

Nogueira também indicou que o futuro do ministro do Esporte, André Fufuca (PP-MA), no governo Lula está indefinido e que a decisão sobre sua permanência será tomada em breve. O parlamentar relatou que foi contra a entrada de Fufuca na equipe ministerial desde o início, mas que a sigla optou por não impedir sua nomeação.

“Para mim, o Fufuca não devia nem ter aceitado esse ministério. Fui contra, coloquei desde o início que eu era contrário a isso. Foi uma posição de liberalidade do nosso partido, não cobrar que um membro viesse a contribuir com o governo, mas acho que está chegando a um limite isso”, afirmou. Segundo ele, o governo Lula “se aproxima muito mais para a esquerda” e o PP “não tem o menor viés” para essa diretriz.

A declaração de Ciro Nogueira indica que a relação entre Lula e o Centrão pode sofrer abalos ainda mais profundos nos próximos meses, o que impactaria diretamente a governabilidade do presidente e seus planos para a reeleição em 2026.

IA – Com informações CB – Imagem: Andressa Anholete/Agência Senado

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