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Cendfol amplia investimentos e aumenta número de vagas em comunidades terapêuticas

Mais de 2 mil jovens e adultos foram alcançados pelas ações da Coordenadoria Estadual de Enfrentamento às Drogas e Fomento ao Lazer (Cendfol) por meio do Programa Se Liga e de ramificações do projeto “Viver Sem Limites”.

Para 2024, segundo o coordenador Tiago Vasconcelos, está prevista a prevenção primária com o programa “Segundo Tempo”, que será feito em parceria com o Ministério dos Esportes.

“Fechamos o ano de 2023 com números relevantes, mas conscientes que o trabalho deve seguir e ser ainda mais ampliado nos próximos anos dada a importância do tema. No eixo prevenção, o trabalho foi dividido em prevenção primária, secundária e terciária”, disse Tiago Vasconcelos.

Na prevenção secundária, a Cendfol realizou blitzes educativas para a população em geral e na prevenção terciária, por meio do programa “Acolher Tá On”, distribuiu kits higiênicos e prestou orientação sobre redução de danos junto à população em situação de rua.

“A gente acredita que a prevenção é a melhor solução, pois assim jovens e adultos já evitam o primeiro contato com qualquer substância nociva à sua saúde física, mental e social. Dessa forma, nada mais natural que ter a prevenção como um dos principais tópicos do nosso trabalho aqui na Coordenadoria”, afirma Tiago Vasconcelos, coordenador da Cendfol.

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Piauí amplia número de vagas em comunidades terapêuticas

Lançado em dezembro de 2023, o projeto “Viver Sem Depender” tem como objetivos o aumento do número de vagas em casas de acolhimento e também o fomento a ações preventivas no combate às drogas.

Com o projeto “Viver Sem Depender” foi ampliado de 8 para 12 o número de Organizações da Sociedade Civil empenhadas na prevenção às drogas, também aumentou de 942 para 1000 a disponibilidade de vagas em Comunidades Terapêuticas (CTAs) e ainda houve o aumento repasse financeiro para o tratamento desses acolhidos. “Além disso, estamos criando o Sistema de Controle e Acolhimento de Reinserção, o Sicar, em parceria com a Empresa de Tecnologia e Informação do Piauí (Etipi)”, informa o coordenador.

Atualmente, segundo dados da Coordenadoria, 60 mil piauienses apresentam dependência química e necessitam de atendimento e atenção imediatos.

“Parece pequeno, mas se você comparar em números absolutos com esse aumento para mil vagas financiadas de acolhimento nessas comunidades terapêuticas, o estado do Piauí passa a ser o primeiro lugar no Brasil em números proporcionais, o primeiro em números absolutos e o segundo em números proporcionais. Além de que o estado também vai aumentar o valor repassado para essas comunidades, outro sentido diante do custo. Antes, era R$ 1 mil por pessoa e a gente está aumentando para R$ 1.3 mil por pessoa”, explica Vasconcelos.

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Programa Se Liga

O “Se Liga – Prevenção que Transforma, Futuro que Inspira” foi lançado em junho deste ano, no Colégio Liceu Piauiense, e objetiva levar às escolas, capacitações, palestras, workshop e material didático sobre a prevenção às drogas e o mal que elas podem causar, orientando os alunos na escolha de uma vida saudável.

”A maior parte dos dependentes, reunidos em quase 60 mil, são jovens entre dezoito e trinta anos. Então, baseado nisso, na discussão que tivemos com o governador, entendemos que tínhamos que trabalhar a infância e a adolescência num trabalho de prevenção. Teremos dois eixos onde iremos trabalhar a prevenção, orientação, o desenvolvimento socioemocional das crianças e adolescentes, dos vínculos familiares de 8 a 18 anos”, pontua Tiago Vasconcelos.

Segundo o coordenador, o programa é orientado pelo Plano Nacional de Políticas sobre Drogas (2022) que define a Prevenção às drogas em três níveis: Primário ou Universal, Secundário e Terciário. Tratando-se do uso/abuso de crack, álcool e outras drogas, muitos e variados são os fatores que causam os problemas. Desta forma, pretende-se organizar ações conjuntas desenvolvidas pelas diversas políticas públicas presentes no Estado, dirigidas para esse público-alvo.

Reinserção e qualificação profissional

A reinserção foi o segundo eixo de trabalho da Cendfol em 2023. E isso ocorreu por meio do “Programa Recomeçar” que, através do esporte e da qualificação profissional, promove a reinserção social tanto dos usuários de drogas ilícitas, como também dos seus familiares. Cursos como de culinária, marcenaria e agente de portaria são ofertados em parceria com o “Sistema S”, que engloba instituições como Sistema Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio (Senac). Além dos cursos, esporte e teatro também estão contemplados no trabalho de reinserção por meio de projetos como o “Vamos ao Teatro” e a “Piauí Profighter”.

E além de projetos, a Cendfol também apostou em outras parcerias para executar mais ações preventivas e de combate às drogas. Em parceria com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), foi executado o programa “Drogas Não São Brincadeira ”, por meio das blitz educativas. Já com a parceria do Ministério Público do Piauí (MPPI), foi realizado o projeto “Juntos Renovando Vidas”. E ainda com o Tribunal de Justiça do (TJ-PI) houve a execução do projeto “Ressocializar Para Não Prender”.

“O balanço que fica é que o nosso trabalho é muito importante e cada vez mais necessário e que queremos seguir fazendo muito mais, promovendo prevenção, reabilitação e ressocialização das pessoas e que isso só é possível e fica mais fácil com a cooperação de todos os setores da sociedade. O balanço do ano é positivo, mas podemos e vamos fazer mais, pois a prevenção nunca é demais”, afirma Tiago Vasconcelos.

Cendfol traça projetos para 2024

Para 2024, a proposta é continuar e expandir o trabalho já realizado em parceria com múltiplos setores da sociedade em todo o Piauí. Já está confirmada, por exemplo, a parceria com o Ministério dos Esportes para a implementação do projeto “Segundo Tempo” que será mais uma ferramenta no enfrentamento às drogas já no ano que vem.

O projeto, que será implementado no Parque Potycabana, abrangerá, aproximadamente, 200 crianças na modalidade de vôlei e cerca de 150 crianças no futebol. Essa iniciativa não apenas oferecerá oportunidades esportivas, mas também servirá como um veículo para a promoção de valores sociais, respeito às diferenças e inclusão.

Fonte: Cendfol

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