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Brasileiro que diz que Conselho da ONU errou na Ucrânia assume presidência

Ronaldo Costa Filho, embaixador do Brasil na ONU (Organização das Nações Unidas), assume temporariamente a presidência do Conselho de Segurança a partir de hoje. Em março, Costa Filho criticou o Conselho por “falhar” na tentativa de resolver o conflito entre Rússia e Ucrânia.

O cargo é rotativo e ocupado por embaixadores dos principais países do mundo. Durante o mês de julho, o brasileiro será o responsável por presidir o Conselho —é a 11ª passagem do Brasil pelo órgão.

Segundo Costa Filho, sua presidência vai priorizar a comunicação estratégica em operações de manutenção da paz, “com respeito aos direitos humanos e combatendo a violência, inclusive sexual”.

Em relação à guerra na Ucrânia, o embaixador afirmou que tentará equilibrar a transparência e eficiência, além de buscar soluções.

“Uma das funções mais delicadas da presidência, a qual daremos a maior atenção, é cuidar do delicado equilíbrio entre transparência e eficiência. Por um lado, é necessário prestar contas para o público em geral e para os países não representados no Conselho. Por outro, a discrição muitas vezes é necessária para viabilizar um diálogo franco, voltado à busca de soluções, e não a relações públicas”.

O representante também afirmou que o Brasil organizará um debate sobre crianças e conflitos armados, que abordará temas como o recrutamento de crianças-soldado e o ataque contra escolas e educação.

O Conselho de Segurança tem 15 países com direito a voto, mas apenas os cinco permanentes têm direito ao veto: China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia.

Costa Filho criticou “falhas” do Conselho da ONU

Em março, durante a reunião do Conselho de Segurança da ONU, o embaixador Ronaldo Costa Filho disse que a cúpula tem “falhado” em resolver a invasão da Rússia na Ucrânia.

Não podemos ignorar o papel que o Conselho deve desempenhar, mas que não está desempenhando na situação atual. Uma série de reuniões foram realizadas sob a situação na Ucrânia e parece que não importa quantas reuniões convoquemos, um cessar-fogo e um fim de todas as hostilidades ainda permanece uma solução evasiva.Embaixador Ronaldo Costa Filho critica Conselho de Segurança da ONU

“Isso não é um paradoxo, ao contrário, é uma falha do Conselho de agir de uma forma construtiva em endereçar esse tópico”, concluiu.

Fonte: UOL

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