O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reafirmou nesta sexta-feira (6) que continua sendo a principal aposta de seu partido para concorrer à Presidência da República em 2026, apesar de sua inelegibilidade imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até 2030.
“O plano A sou eu, o plano B sou eu também e o plano C sou eu”, declarou Bolsonaro em entrevista ao programa Gaúcha Atualidades, da Rádio Gaúcha. Ele completou que apenas uma “morte física ou política” definitiva o faria considerar outra alternativa.
A fala contradiz a recente sugestão de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que indicou ser um possível “plano B” para a sucessão presidencial. Eduardo, em participação na Conferência de Ação Política Conservadora (Cpac) em Buenos Aires, disse: “O plano A é [Jair] Bolsonaro, posso ser o plano B”, mas negou ser pré-candidato.
Bolsonaro, que participou da mesma conferência por vídeo, também aproveitou para reiterar que nunca cogitou um golpe após a derrota para Lula (PT) em 2022.
Durante sua agenda no norte do Rio Grande do Sul, incluindo visitas a Santa Rosa, Santo Ângelo e Passo Fundo, onde participou da Fenasoja (Festa Nacional da Soja), o ex-presidente reafirmou a tentativa de reverter sua inelegibilidade.
O PL, liderado por Valdemar da Costa Neto, também levantou outros nomes, como Eduardo Bolsonaro e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), mas manteve o foco em uma possível anistia para viabilizar a candidatura de Bolsonaro em 2026.
A base bolsonarista segue mobilizada para garantir sua liderança no cenário eleitoral e aguarda desdobramentos jurídicos que possam mudar o quadro atual.
Imagem: Valter Campanato