Estão previstos para hoje (24) novos atos contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em ao menos 187 cidades do Brasil e no exterior, segundo as entidades organizadoras. A convocação acontece três semanas após manifestações no início do mês.
Chamados de #24JForaBolsonaro, os protestos voltam a levantar a bandeira do impeachment, além de pedidos por mais vacinas, auxílio emergencial de R$ 600 e empregos.
Os organizadores também criticam o que chamaram de “aventuras autoritárias” de Bolsonaro, ao falar sobre futuras fraudes na apuração se não houver voto impresso em 2022 e ele for derrotado.
Em nota publicada na quarta, partidos e centrais sindicais chamam a população para os protestos na avenida Paulista, em São Paulo, onde reuniram, em 3 de julho, partidos historicamente opostos como PT e PSDB.
Segundo os organizadores, integrantes do MDB também estarão do evento. A ideia é ampliar a participação para além do campo da esquerda, atraindo outras vozes do centro e da centro-direita.
Essa ampliação, contudo, não é consenso. No ato anterior em São Paulo, membros do PCO (Partido da Causa Operária) tentaram expulsar pessoas do PSDB e criaram uma confusão já na dispersão do evento.
A organização orienta o uso de máscaras e de álcool em gel e manutenção do distanciamento social durante as manifestações.
Em 29 de maio e em 19 de junho, também houve atos contra o governo com milhares de pessoas nas ruas. Os apoiadores de Bolsonaro também intensificaram as motociatas, algumas com a presença do presidente. Em maio, aconteceu uma no Rio, e em junho, em São Paulo. Neste mês, foi a vez de Porto Alegre, no dia 10. Bolsonaro iria no dia 17 a uma em Manaus, mas cancelou após uma obstrução intestinal.
Os atos deste sábado acontecem às vésperas do Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, comemorado no dia 25 de julho, e terão participação da Coalizão Negra por Direitos.
“As mulheres e todo o movimento marcharão neste 24 de julho para derrubar a ideologia bolsonarista e para que a sociedade brasileira também possa centrar suas ações na promoção da vida das famílias lideradas por mulheres negras“, diz nota do grupo.
Veja locais e horários dos protestos de hoje nas capitais:
Norte
- Macapá: Praça da Bandeira, às 16h
- Belém: Praça da República, às 8h
- Porto Velho: Praça do CEU, às 8h30, e Campo Florestão, na av. Jatuarana, às 16h
- Boa Vista: Praça Germano Sampaio, às 9h
- Palmas: Posto Trevo, às 8h
Nordeste
- Salvador: Campo Grande até praça Municipal, às 10h
- Fortaleza: Praça Portugal, às 15h
- São Luís: Praça Deodoro, às 9h
- João Pessoa: Carreata e Caminhada Mercado Publico de Mangabeira, rumo à praça da Paz, às 9h
- Recife: Praça do Derby, às 10h
- Teresina: Praça Rio Branco, às 8h
- Natal: Midway, às 15h
- Aracaju: Praça do Leite Neto (Av. Hermes Fontes/Palácio do Governo), às 14h
Centro-Oeste
- Brasília: Museu Nacional, às 15h
- Goiânia: Praça do Trabalhador, às 9h
- Campo Grande: Praça do Rádio, às 9h
Sudeste
- Vitória: Praça Jucutuquara, às14h
- Belo Horizonte: Praça da Liberdade, às 13h30
- Rio de Janeiro: Monumento Zumbi, às 10h
- São Paulo: Masp, às 15h
Sul
- Florianópolis: Largo da Alfândega, às 13h
- Porto Alegre: Prefeitura, às 15h
Exterior
- Frankfurt am Main (Alemanha), às 16h (horário local)
- Freiburg im Breisgau (Alemanha), às 13h (horário local)
- Montréal (Canadá), às 15h (horário local)
- Toronto (Canadá), às 15h (horário local)
- Newark (EUA), às 12h (horário local)
- Boston (EUA), às 13h (horário local)
- Los Angeles (EUA), às 11h (horário local)
- Nova York (EUA), às 16h (horário local)
- Paris (França), às 17h (horário local)
- Braga (Portugal), às 18h
- Lisboa (Lisboa), às 18h (horário local)
- Porto (Portugal), às 16h30 (horário local)
- Londres (Reino Unido), às 13h e 15h (horário local).
Fonte: UOL