O candidato à vice-Presidência da República na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB), ex-governador de São Paulo, afirmou que a compra de imóveis pela família do presidente Jair Bolsonaro (PL) em dinheiro vivo deve ser investigada. “Sempre tem de investigar. Esse é o caminho: esclarecer, prestar contas. Vida pública, como o nome já diz, tem de prestar contas permanentemente”, afirmou Alckmin, durante evento de campanha em Cotia, cidade na região metropolitana de São Paulo, nesta quarta-feira, 31.
Para ele, a democracia brasileira “está correndo risco” e associou a falta de transparência a governos autocráticos. “Hoje, o que divide o mundo é democracia e autocracia. Democracia quem manda é o povo, você tem de prestar conta, tem de ter transparência. Autocracia o governo é o poderoso, é o chefão, é o ditador, é a vontade dele acima da lei, à margem da lei. A democracia no Brasil está correndo risco”, adiciona o candidato.
Alckmin também foi enfático ao falar da maneira como o governo Bolsonaro lidou com a pandemia da covid-19. Para ele, a condução foi “negacionista”. “O (Sistema Único de Saúde) SUS andou para trás. Chegamos a ter troca de ministros, o governo atrasou a compra de vacina e ainda fez uma campanha negacionista contra a vacinação”, criticou.
O candidato ao governo de São Paulo Fernando Haddad (PT), que também esteve no evento, em Cotia, afirmou que Alckmin será um “conselheiro” da República, se eleito. “Ouço muito o governador, ele tem muita experiência sobre o Estado e vai ser um mentor na vice-Presidência e um grande conselheiro da República”, avalia.
Haddad ainda voltou a minimizar sua rejeição nas pesquisas eleitorais de intenção de voto. Dentre os que concorrem ao Palácio dos Bandeirantes, ele é o mais rejeitado pelo eleitorado, com 32%. “Isso muda. As pessoas vão assimilando as medidas que foram tomadas, a propaganda na TV ajuda que o eleitor vote no melhor projeto”, conclui. “Sempre relativizo as pesquisas, porque o que conta mesmo é o dia 2 de outubro”, adiciona.
Fonte: Estadão