A Fundação Municipal de Saúde (FMS) iniciou hoje (25) um treinamento de atualização sobre alergia à proteína do leite de vaca (APLV) e do fluxo de atendimento do Programa de Dispensação de Fórmulas Infantis do município de Teresina.
A capacitação segue até amanhã (26) e tem como público-alvo os nutricionistas do programa e os apoiadores, médicos e enfermeiros das Unidades Básicas de Saúde (UBS) da capital. Ele está sendo ministrado por Caroline Paranhos, Gastropediatra do Hospital Municipal da Criança.
Teresina mantém um programa específico para atendimento de meninos e meninas com APLV no Hospital Municipal da Criança. “O APLV é um programa voltado para crianças residentes em Teresina, que fazem uso de fórmula infantil com até dois anos de idade, que apresente alergia à proteína do leite de vaca”, explica a gerente de Nutrição da FMS, Yara Cristina Leal.
Para ter acesso a esse serviço é necessário procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) onde é feito o encaminhamento para o consultório APLV. Com a documentação necessária é iniciado o processo no protocolo na sede da FMS e a entrega das dietas é feita na sede da FMS de segunda a sexta-feira pela manhã
“O consultório APLV atualmente possui uma alta demanda, onde temos uma equipe multiprofissional capacitada para a suspeita e diagnóstico, além do tratamento adequado desta patologia, com gastropediatra e nutricionista”, conta Yara Cristina Leal.
Como explica a médica Caroline Paranhos, A APLV é uma doença imunomediada, em que os pacientes apresentam reação ao terem contato com a proteína do leite de vaca, tanto a proteína intacta, através de leite, fórmulas e derivados – inclusive através do leite materno, quando a mãe consome proteína do leite de vaca. O único tratamento é a retirada completa desses alimentos. “Quando as crianças estão amamentando, quem faz a dieta é a mãe, com a restrição de leite de vaca e derivados. Mas aquelas que fazem consumo de fórmulas infantis necessitam de uma fórmula especial que não tenha a proteína intacta para que elas não apresentem reação, que é dispensada pela FMS”.
Ela ressalta ainda que a alergia à proteína do leite de vaca na maioria das vezes é transitória, e eventualmente desaparece. “Quase 90% das crianças vão estar curadas até dois anos de idade”, conclui.
Fonte: FMS