Prefeitura de Caxias participa do ‘Prêmio MPT na Escola
A Prefeitura Municipal de Caxias, por meio da Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia (SEMECT), em parceria com o Ministério Público do Trabalho e Procuradoria Regional do Trabalho da 16ª Região, realizaram nessa terça-feira (14), a cerimônia de premiação dos alunos das escolas da Rede Pública Municipal de Ensino, ganhadores da Etapa Municipal do “Prêmio MTP na Escola: a escola no combate ao trabalho infantil”.
“É com imensa alegria que participo em nome do Ministério Público do Trabalho da cerimônia de premiação do projeto MPT na escola. O projeto visa o empoderamento das crianças e adolescentes, mas também visa conscientizar a sociedade dos prejuízos enormes que o trabalho precoce traz para crianças e adolescentes. É preciso que a sociedade perceba que o trabalho infantil é algo prejudicial e não a solução para a vida da criança”, disse Virgínia de Azevedo, Procuradora do Trabalho da 16ª Região de São Luís (MA).
O Prêmio MPT na Escola tem por objetivo levar a temática do trabalho infantil para a sociedade, através da comunidade escolar, transformando os profissionais da educação em multiplicadores do conhecimento sobre o tema, fomentando a participação de crianças e adolescentes nas ações de mobilização, conscientização e prevenção do trabalho infantil e de proteção do adolescente trabalhador.
“Vocês estão hoje aqui por um motivo, porque demonstraram trabalho, parceria, colaboração e engajamento no tema. E, é um tema muito importante. É muito importante, que as crianças percebam que nós estamos lutando pelos seus direitos. É importante que esse tema tenha sido debatido na escola, para que todos entendam que lugar de criança é na escola”, disse Delcy Silva, coordenadora municipal do Prêmio MPT na Escola.
“Caxias não está parada. Nós temos uma grande rede que está disposta a trabalhar e conscientizar de que lugar de criança é na escola. As crianças precisam se desenvolver para que ela possa fazer atividades satisfatórias, não um trabalho imposto. Além disso, temos que garantir que as crianças estejam na escola“, disse Kiara Braga, coordenadora do Selo Unicef e Secretária Municipal de Políticas para as Mulheres.
“Quero parabenizar a todos pelo trabalho e todos que estão envolvidos no projeto. Falar de trabalho infantil é tão delicado, ainda é tabu. Pra mim, cultura tem que ser coisa boa, mas tem a história de dizer que a cultura nossa do Nordeste, de que é melhor trabalhar do que roubar. A gente escuta muito, pais e mães dizendo que trabalha desde criança. Mas eu gosto muito de indagar, mas olha pra sua trajetória de vida. Era aqui que você queria está? Porque escutamos de pais e mães que vivem em situação precária. Lá fora tem mil e uma possibilidades, que muitas vezes não são oportunidades positivas”, disse Kátia Braga, coordenadora do CMDCA.
“Nós estamos vendo ações importantes em que a SEMECT tem feito para combater o trabalho infantil. Mas, entendemos que não é fácil. Porque isso, muitas vezes acontece por conta da desigualdade social. E, o governo tem que entrar para melhorar a educação para que ela adquira mais conhecimentos, para que no futuro possam ajudar suas famílias”, diz Darlan Almeida, vereador.
“Parabéns a todos. A Prefeitura de Caxias tem substituído as escolas João de Barro para que os alunos e professores estejam com mais força de vontade para estarem estudando e aprendendo. Tudo depende de um prazo e de um tempo. Mas o importante é que a evolução da educação de Caxias, não para”, diz Júnior Barros, vereador.
“A cidade de Caxias tem muitos talentos na área literária. E, eu fico muito feliz quando a gente lança mais um projeto. Esse é um trabalho necessário, quanto mais pudermos atentar para os direitos das crianças e adolescentes melhor. Nós temos que lutar contra o trabalho infantil. O Ministério Público lançou duas cartilhas e as crianças puderam criar a partir desse material, os contos, desenhos e poesias. Eles lançaram cartilhas do 1º ao 5º ano e do 6º ao 9º ano. Um projeto maravilhoso“, disse Ana Célia Damasceno, secretária da SEMECT.
O prêmio consistiu no reconhecimento dos melhores trabalhos literários, artísticos e culturais, produzidos pelos alunos da rede municipal, que teve como tema: a prevenção à violência de direitos da criança e do adolescente. Ao todo 20 escolas que participaram do projeto na Rede Municipal de Educação.
“Foi muito bom ter participado, porque assim eu posso me inspirar a fazer muitas coisa. E, eu posso inspirar outras crianças a escrever também”, disse Camile Daira, aluna da escola Márcia Marinho.
“Eu gostei muito, foi muito importante. Eu falei sobre o trabalho infantil, porque as crianças que trabalham se machucam muito”, disse Uiliana Silva Santos, aluna da escola Márcia Marinho.
Os alunos Raylson Felipe da Silva e Kaio Daniel de Sousa do 6 e 7 ano, da UIM Santa Catarine de Labouré, que atuaram no segmento musical. “É muita emoção conseguir esse prêmio, eu sempre tive um sonho de ser cantor, e agora estou muito feliz por ganhar esse prêmio”, disse Raylson Felipe.
“Estou muito feliz, por que vencemos com uma música bonita e que conscientiza a população, estou muito alegre”, frisa Kaio Daniel.
Houve ainda a entrega de menções de agradecimentos às professoras do Ensino Fundamental dos anos iniciais Elis Alves de Sousa e o professor Maykson Luís Rocha Carvalho do Ensino Fundamental anos finais.
Fonte: PMC