Em novo ataque às instituições, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira, 2, em transmissão ao vivo nas redes sociais que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) toma medidas arbitrárias contra o Estado Democrático de Direito.
“Sabemos que TSE está tendo medidas arbitrárias contra Estado Democrático de Direito, ataca democracia, não querem transparência do sistema eleitoral”, declarou o presidente.
“Lamento aqui que o TSE convidou Forças Armadas a participar de uma comissão que visa a transparência eleitoral. Depois que as Forças Armadas apresentam as sugestões o TSE – o TSE não, o ministro presidente do TSE – não aceita mais conversar. E diz que tem que ser assim e não discute mais o assunto. Lamentável”, acrescentou.
O presidente também voltou a criticar a presença de observadores internacionais convidados pelo TSE para acompanhar as eleições brasileiras. “O presidente Fachin se reuniu essa semana com embaixadores de outros países, dizendo ‘quando aparecer o resultado na tarde de 2 de outubro, seus países reconheçam imediatamente o resultado das eleições.’ Bastante curioso isso que ele tá fazendo. Lamentável o senhor Fachin ter se reunido nessa semana com embaixadores de outros países”, atacou.
Bolsonaro ainda defendeu a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Kássio Nunes Marques, que suspendeu a cassação do deputado estadual bolsonarista Fernando Franscischini (União Brasil-PR) pelo TSE. O parlamentar ficou inelegível por oito anos, o que o deixaria de fora da disputa neste ano, por divulgar fake news sobre urnas eletrônicas.
Sem provas, o presidente voltou a citar vídeos e telefonemas que recebeu nas eleições de 2018 – na qual ele saiu vitorioso – com supostas adulterações nos votos. “O cara ia apertar o 18 e aparecia o 13. Ninguém falava o contrário, que ia apertar o 13 e aparecia o 17. Coisas que acontecem em larga escala e TSE não se explicou no tocante a isso. Faltavam 10 minutos e depois o TSE resolveu cassar mandato. Não precisa falar que os três do STF votaram pela cassação.”
Fonte: Estadão