
O líder da oposição na Câmara dos Deputados, deputado Tenente-Coronel Zucco (PL-RS), manifestou apoio público à cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, condenada pela Justiça por sua participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. Débora foi acusada de pichar a frase “Perdeu, mané” na base da estátua da Justiça, localizada em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Em nota oficial divulgada nesta sexta-feira (25), Zucco classificou a decisão da Primeira Turma do STF como “absurda” e afirmou que a condenação representa “mais um capítulo vergonhoso na escalada autoritária que se instalou no Brasil”. O parlamentar também defendeu que a cabeleireira e sua família são vítimas de “perseguição política” e reforçou a necessidade de seguir mobilizando a oposição pela “anistia ampla dos presos do 8 de janeiro”.
“Manifestamos nossa integral solidariedade a Débora e à sua família, vítimas de uma perseguição política que não tem mais limites. Esta condenação absurda apenas reforça a urgência e a necessidade de seguirmos firmes na luta pela anistia ampla dos presos do 8 de janeiro”, declarou Zucco.
O deputado também enfatizou que a oposição “não se deixará intimidar” pelas recentes decisões do Supremo. Segundo ele, o grupo está “unido, vigilante e determinado” a enfrentar o que considera uma “justiça de exceção” e uma “maldade institucionalizada”.
Entenda o caso
Débora Rodrigues dos Santos foi acusada de integrar a invasão e depredação dos prédios dos Três Poderes, em Brasília, durante os atos golpistas ocorridos no início de 2023. Naquele dia, manifestantes invadiram e destruíram patrimônios públicos, buscando contestar o resultado das eleições presidenciais.
Imagens de segurança e registros fotográficos identificaram Débora pichando a estátua da Justiça com a expressão “Perdeu, mané”, frase popularizada após as eleições. A Primeira Turma do STF, composta pelos ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino, Luiz Fux e Cristiano Zanin, formou maioria para condená-la pelos crimes de:
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Dano qualificado ao patrimônio público,
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Abolição violenta do Estado Democrático de Direito,
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Golpe de Estado,
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Associação criminosa.
Débora está em prisão domiciliar desde o final de março deste ano, aguardando o trânsito em julgado da sentença.
A decisão do STF ocorre no contexto de uma série de julgamentos relacionados aos atos do 8 de janeiro. Centenas de réus já foram condenados e outros ainda aguardam julgamento, enquanto a oposição intensifica a campanha por anistia ampla aos envolvidos.
Edição: Damata Lucas – Imagem: Câmara dos Deputados