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Kleber foge de debate com servidores e eles reforçam denúncias contra gestão tucana

O candidato a prefeito de Teresina pelo PSDB, Kleber Montezuma, tem, nesses dois dias, criticado pelas redes sociais a ausência do candidato a prefeito pelo MDB, Dr. Pessoa, em um debate com os postulantes ao Palácio da Cidade em uma emissora de televisão. A ausência foi justificada pelo emedebista. Porém, o candidato tucano não compareceu e nem justificou sua ausência naquele que foi considerado um dos maiores debates com os candidatos, no final de outubro, promovido pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina (Sindserm).

A entidade fez esta semana, em frente à Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Semec), uma manifestação de solidariedade a professores que estão sofrendo perseguições da administração municipal, inclusive zerando seus contracheques. A manifestação de solidariedade contou com a participação de alguns candidatos ou representantes das coligações em campanha pela Prefeitura de Teresina, inclusive do MDB. Mais uma vez, Kleber Montezuma não compareceu e nem enviou representantes para se solidarizar com os manifestantes. Talvez porque seja ele um dos alvos das denúncias como ex-secretário de Educação.

O ato foi realizado na última quarta-feira, 6. “Servidoras municipais da Educação de Teresina, em greve desde março deste ano, foram logo cedo para a sede da Semec, onde foi realizado um ato público em defesa da liberdade de expressão, em resposta às ameaças que representantes do prefeito Firmino Filho (PSDB) e o próprio chefe do Executivo vem fazendo contra quem reage contra as arbitrariedades da sua gestão e, ainda, para exigir negociação das pautas reivindicadas ao longo do ano”, frisou o Sindserm.

Segundo a entidade, o momento foi de fortalecimento da solidariedade de classe com as trabalhadoras e os trabalhadores que estão sofrendo perseguições políticas, tendo descontos indevidos e ainda com direitos democráticos fundamentais ameaçados. O Sinderm denuncia que, a respeito de descontos de faltas ilegais, 78 profissionais de educação que se destacam na liderança da greve da Educação Municipal sofreram este ataque”.

Dentre as reivindicações, foram elencadas também a exigência pelo pagamento das mudanças de nível e retroativos para toda a categoria, pagamento retroativo do piso e titulações, estrutura para atividades remotas e fim das aulas aos sábados, bem como o retorno das eleições em todas as escolas e CMEIs (Centros Municipais de Educação Infantil) e o direito de participação em seis assembleias gerais anuais.

Diz ainda o Sindserm que todas as denúncias envolvendo a Educação Municipal, que são diariamente reforçadas com a greve, foram repetidamente referenciadas no debate virtual com candidatos a prefeito de Teresina e chegou a provocar a manifestação de candidaturas para se colocarem em solidariedade aos profissionais e contra as perseguições.

No ato realizado nesta quarta-feira, compareceram as candidatas do PSOL, Lucineide Barros (prefeita) e Cintia Falcão (vice-prefeita) e Brenda Marques (candidata a vereadora), e do PSTU, Gervásio Santos (prefeito) e Egmar Junior (vice-prefeito). A candidatura do MDB, de Dr. Pessoa, enviou representação.

“O recado deixado pelos trabalhadores da Educação é que a greve continua e é legal. A devolução dos descontos indevidos deve ser determinada imediatamente pelo Poder Judiciário, no qual já existem diversas denúncias contra os desmandos da Semec e da Prefeitura de Teresina. A categoria não aceita nenhuma forma de intimidação ou perseguição política e segue firme até que se faça Justiça”, finalizou o sindicato.

Dr. Pessoa tem reforçado que a sua gestão, chegando à prefeitura de Teresina, será marcada pelo diálogo com todas as categorias de servidores da administração municipal. Porque, segundo ele, é o conjunto desses servidores que faz com a máquina pública funcione e são dos servidores todos os méritos das ações positivas de gestão. Direitos negados ao longo de 34 anos, de acordo com o candidato, serão repostos e as mudanças de níveis serão automáticas, e não como ocorre agora, na base do favorecimento a quem é obrigado a se alinhar à ideologia político-partidária do prefeito de plantão.

Redação

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