China impõe novas tarifas sobre produtos dos EUA e intensifica guerra comercial
O governo chinês também anunciou restrições contra 25 empresas dos EUA

A China anunciou nesta terça-feira (4) novas tarifas entre 10% e 15% sobre produtos agrícolas dos Estados Unidos, em retaliação às medidas impostas pelo presidente norte-americano, Donald Trump. As novas taxas, que passam a valer em 10 de março, impactam cerca de US$ 21 bilhões em exportações americanas, incluindo frango, trigo, milho, soja, carne suína e laticínios.
O governo chinês também anunciou restrições contra 25 empresas dos EUA por “motivos de segurança nacional” e adicionou 15 companhias à sua lista de controle de exportação. Além disso, suspendeu licenças de três exportadores americanos e bloqueou embarques de madeira serrada dos EUA.
As medidas são uma resposta à decisão de Trump de impor uma taxa adicional de 10% sobre produtos chineses, totalizando 20% de tarifa sobre diversas importações eletrônicas. Pequim classificou a atitude como “chantagem” e alertou para os riscos de uma escalada na disputa comercial.
Impacto global e reação dos mercados
A imposição de tarifas também atingiu o Canadá e o México, que passaram a enfrentar taxas de 25% sobre suas importações para os EUA. O governo canadense prometeu retaliação sobre mais de US$ 100 bilhões em produtos americanos, enquanto o México afirmou que possui diferentes planos para enfrentar a situação.
Os mercados globais reagiram negativamente às novas tarifas, com queda nas bolsas europeias e asiáticas, desvalorização de moedas como o dólar canadense e o peso mexicano, além de uma queda no bitcoin abaixo de US$ 84 mil.
Especialistas avaliam que a situação pode se agravar, com Trump ameaçando novas tarifas sobre a União Europeia, Índia e setores estratégicos como semicondutores e medicamentos. O receio de uma nova guerra comercial em larga escala gera incertezas na economia global.
Redação – Com informações da imprensa internacional – Imagem: Redes Sociais