Países latinos reagem às exportações em massa dos EUA; Brasil adota postura cautelosa

Desde a posse de Donald Trump nos EUA, sua administração tem intensificado a deportação de imigrantes latino-americanos. Nas últimas semanas, aviões militares dos EUA transportaram centenas de deportados para Guatemala, Colômbia e Brasil, com relatos de tratamento degradante, incluindo algemas.

Países latino-americanos reagiram de diferentes formas. O México lançou a estratégia “México te abraça”, oferecendo apoio financeiro e acesso a serviços sociais aos deportados. Honduras convocou uma reunião urgente da Celac e implementou medidas de repatriação humanitária. A Colômbia, por sua vez, proibiu voos de deportação sem garantias de dignidade e enviou aviões próprios para repatriar seus cidadãos.

O Brasil, entretanto, demorou a se posicionar e, diferentemente de seus vizinhos, recusou o uso de aviões da FAB para trazer seus cidadãos de volta. Após protestos, criou um grupo de trabalho com os EUA para monitorar futuras deportações, mas ainda não anunciou medidas concretas de apoio aos deportados.