ONU registra escalada de vítimas civis em Al-Fasher após novos ataques no Sudão
Comunidade humanitária exige fim imediato dos confrontos para entrega de ajuda emergência
A comunidade humanitária expressou alarme com a alta do número de vítimas civis devido aos ataques em andamento em Al-Fasher e arredores, no estado de Darfur do Norte, Sudão.
Há relatos de repetidos bombardeios no acampamento de deslocados de Zamzam que abriga centenas de milhares de pessoas. O maior centro de sudaneses em movimento teve confirmação de bolsões de fome desde o início deste ano.
Entrega de suprimentos e serviços de ajuda
Neste fim de semana, fontes locais alertaram que dezenas de pessoas foram mortas em um suposto ataque com mísseis no centro de Al-Fasher. As Nações Unidas reiteraram sua condenação a todos os assassinatos de civis.
Na cidade e no acampamento de Zamzam a situação tem piorado desde novembro com o aumento de confrontos em Darfur do Norte, ao longo da fronteira entre Sudão e Chade. Os atos impactam a entrega de suprimentos e serviços essenciais.
Cada vez mais civis enfrentam risco de morte com a escalada de combates que acontece nos estados de Aj Jazirah, Sennar e Cartum. Outras áreas de atuação afetadas são cadeias de suprimentos.
Os confrontos ainda ativos levaram ONGs a depender de rotas e modalidades alternativas para entregar assistência, mas essas ações estão sujeitas a riscos de segurança e restrições logísticas.
Oferta de socorro de emergência
Ainda em relação ao auxílio ao Sudão, o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus confirmou que nove civis morreram e 20 ficaram feridos após um ataque ao hospital de referência Al-Fasher na sexta-feira. O incidente deixou o centro médico inoperacional.
O Escritório da ONU de Assistência Humanitária, Ocha, pediu que, mais uma vez, cessem imediatamente os confrontos para que seja distribuídos artigos de socorro de emergência e que “civis possam se movimentar para locais mais seguros”.
A entidade das Nações Unidas reiterou a necessidade de respeito ao direito internacional humanitário e que tanto os civis como a infraestrutura das populações incluindo hospitais não sejam alvos.
Fonte: ONU News – Imagem: © Al-Saudi Maternity Hospital