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Presidente da Coreia do Sul sofre impeachment

A decisão foi aprovada com 204 votos elaborados, superando os 200 necessários

Os deputados da Coreia do Sul aprovaram neste sábado (14) o impeachment do presidente Yoon Suk Yeol, menos de duas semanas após ele decretar e revogar uma polêmica lei marcial em poucas horas. A medida que visava restringir os direitos civis, gerou revolta e agravou a crise política do país.

A decisão foi aprovada com 204 votos elaborados, superando os 200 necessários, enquanto 85 parlamentares votaram contra, três se abstiveram e oito votos foram inválidos. O impeachment ocorre em um contexto de baixa popularidade de Yoon, que caiu para 11%, e denúncias de abuso de poder e corrupção

Lei

Em 3 de dezembro, Yoon decretou a lei marcial, suspendendo a Assembleia Nacional e colocando a imprensa sob controle militar. Ele justificou a medida como uma resposta aos supostos aliados da Coreia do Norte infiltrados no país. A ação gerou protestos massivos e foi rapidamente declarada inválida pelos parlamentares. Pressionado, Yoon revogou a lei, mas o episódio enfraqueceu ain

Próximos passos

Com o impeachment, o presidente deixa a carga imediatamente, e o primeiro-ministro Han Duck Soo assume de forma interna. O Tribunal Constitucional tem até seis meses para confirmar ou rejeitar a decisão. Caso o impeachment seja confirmado, novas eleições presidenciais deverão ser realizadas em

Contra

Yoon, eleito em 2022 com uma margem estreita, enfrentou desafios como inflação, crise habitacional e desigualdade. Contudo, o seu governo foi marcado por escândalos de corrupção e conflitos com o Parlamento, dominado pela oposição desde abril. O decreto da lei marcial foi o estopim para consolidar o apoio ao impeachment, inclusive entre membros do próprio partido governamental

A Coreia do Sul vive agora um momento decisivo, com a possibilidade de uma nova eleição e a necessidade de superar a crise

Imagem: Xinhua/James Lee

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