O Brasil avança no combate à fome. Em reunião da Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan), nesta quinta-feira (10.10), o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, realizou balanço do Programa Brasil Sem Fome e projetou novas ações.
O levantamento foi apresentado pela secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS, Valéria Burity. Criado em 2023, o Brasil Sem Fome reúne 24 ministérios atuando sobre três eixos: acesso à renda, redução da pobreza e promoção da cidadania; alimentação adequada e saudável, da produção ao consumo; e mobilização para o combate à fome.
Ao reunir esforços das diferentes pastas, a iniciativa tirou da fome mais de 24 milhões de pessoas, das 33 milhões que estavam nessa situação nos anos anteriores recentes, conforme divulgação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Isso é resultado de muito trabalho, da integração das equipes do setor social, setor empresarial, governos municipais e estaduais. É reflexo de uma política social aliada à política econômica, melhorando a renda, principalmente dos mais pobres. Daqui para frente, vamos continuar trabalhando, sempre com o objetivo de melhorar a vida das pessoas. O Brasil Sem Fome vai avançar”, declarou Wellington Dias.
A reunião da Caisan também ocorreu para celebrar 20 anos das diretrizes voluntárias do direito humano à alimentação adequada. A ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, participou do encontro, em Brasília.
“O direito a uma alimentação segura, que seja uma ação objetiva: a gente sabe que só é possível fazer isso com política pública e ação intersetorial. Trabalhar para que a gente possa, cada vez mais, avançar para garantir dignidade ao nosso povo”, frisou a titular da pasta.
O impacto do Plano Nacional de Abastecimento Alimentar – Alimento no Prato foi destacado pelo ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira. “Estamos escrevendo um capítulo importante da nossa história. O Brasil e as mudanças climáticas requerem uma agricultura familiar eficiente, com alimentação saudável, a preços justos”, afirmou.
O ministro também falou sobre o papel importante do Consea nesse processo. “O Plano Nacional de Abastecimento Alimentar será implementado em um ambiente de participação”, afirmou Paulo Teixeira.
A presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA), Elisabetta Recine, falou sobre relação entre mudanças climáticas e alimentação, celebrando os avanços alcançados pelo Brasil Sem Fome e projetando melhorias a partir do Alimento no Prato.
“Estamos prontos para iniciar o abastecimento. É um plano que tem a semente de um processo transformador. Não podemos esquecer que os sistemas alimentares estão no centro do que nós fazemos pelo planeta”, pontuou. “A primeira edição do Brasil Sem Fome foi criada em um período muito crítico que o país vivia, a expectativa é que a gente continue avançando para alcançar mais pessoas”, reforçou Elisabetta.
Assessoria de Comunicação – MDS – Foto: André Oliveira