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Novo acordo intensifica resposta ao HIV/Aids na América Latina e Caribe

Nesta quinta-feira a Organização Pan-Americana da Saúde, Opas, e a iniciativa global de saúde Unitaid assinaram um Memorando de Entendimento para intensificar a colaboração e promover a resposta ao HIV/Aids na América Latina e no Caribe.

A doação de US$ 5 milhões, assinada no Rio de Janeiro, tem como objetivo reduzir as mortes por HIV/Aids na região, abordando a prevenção e o gerenciamento da doença avançada.

Avanço mais rápido na luta contra o vírus

O projeto se concentrará na identificação de lacunas e barreiras nos programas nacionais de HIV/Aids, fortalecendo a vigilância, acelerando a introdução de novos testes e tratamentos e treinando profissionais de saúde.

Durante a assinatura do acordo, o diretor da Opas, Jarbas Barbosa, disse que para melhorar o acesso à prevenção e ao tratamento é preciso “descentralizar a atenção ao HIV/Aids para que ela esteja mais próxima dos pacientes”.

Segundo ele, essa doação permitirá que a agência apoie os países a incorporar ferramentas para “avançar ainda mais rapidamente na eliminação das mortes relacionadas ao HIV/Aids.”

Estima-se que 2,3 milhões de pessoas vivam com a doença na América Latina e 340 mil no Caribe. Graças às opções modernas de tratamento, o número de mortes diminuiu nos últimos 10 anos na região, em 28% e 57%, respectivamente.

Dados regionais preocupantes

No entanto, em 2023 as novas infecções aumentaram 9% na América Latina, apesar das reduções de 22% no Caribe e 51% no mundo, destacando a necessidade urgente de intervenções mais direcionadas.

Os avanços na medicina e na saúde pública permitiram um diagnóstico rápido, bem como o desenvolvimento de métodos para prevenção combinada e tratamento eficaz contra o vírus.

Uma pessoa com HIV/Aids que adere ao tratamento não transmite mais o vírus, e as pessoas que estão em risco substancial podem evitar a infecção tomando profilaxia pré-exposição, PrEP, que garante 99% de proteção.

Infecções oportunistas

Novos diagnósticos rápidos baseados em antígenos também podem identificar se alguém com HIV/Aids tem uma infecção grave, como tuberculose, histoplasmose ou criptococose, o que ajuda a garantir o acesso precoce ao tratamento.

Novos dados apoiam o uso de opções de prevenção e tratamento mais curtas para muitas dessas infecções oportunistas.

O diretor executivo da Unitaid, Philippe Duneton declarou que este novo acordo faz parte de um esforço para apoiar os países da América Latina e do Caribe a “obter a inovação de que precisam para combater o HIV/Aids.”

Fonte: ONU News – Imagem: Unicef/Danielle Pereira

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