ONU marca Dia Internacional para a Eliminação da Violência Sexual em Conflito
As Nações Unidas marcam, neste 19 de junho, o Dia Internacional para a Eliminação da Violência Sexual em Conflito.
Em Nova Iorque, a organização promove um evento com o título “Ataques contra assistência médica em áreas afetadas por conflitos: impactos para sobreviventes de violência sexual relacionada a conflitos.”
117 milhões de pessoas forçadas a fugir
A ONU disse que o mundo está atualmente vivenciando o maior número de conflitos desde a Segunda Guerra Mundial. O resultado é “um recorde de 117 milhões de pessoas forçadas a fugir de suas casas”.
Para o secretário-geral, António Guterres, “hospitais e outras unidades de saúde devem ser modelos de segurança e cura para todos os feridos em conflitos, incluindo sobreviventes de violência sexual”. A organização aponta esses princípios como fundamentais do direito internacional humanitário.
O chefe da ONU pediu um compromisso global para eliminar a violência em conflito, solidariedade com os sobreviventes e reafirmação do compromisso de proteger hospitais e instalações de saúde durante conflitos
Guterres aponta fatores como o desrespeito ao direito internacional, a proliferação de armas e a crescente militarização como agravantes da violência sexual e representando sérias ameaças à segurança de civis, incluindo grupos vulneráveis.
Direitos fundamentais
As Nações Unidas destacam ataques a infraestruturas civis, como instalações de saúde como situações que privam as comunidades de direitos fundamentais, como o direito à saúde, e apresentando desafios para relatórios e respostas seguras.
Esses atos representam graves ameaças à segurança de civis, incluindo grupos vulneráveis, como sobreviventes de violência sexual relacionada a conflitos, pois “hospitais são essenciais para fornecer auxílio essencial em áreas afetadas por conflitos.”
Para as Nações Unidas, a violência sexual relacionada a conflitos tem efeitos nocivos duradouros nas vítimas e é usada como uma tática de guerra, tortura e terrorismo. O impacto acontece na saúde física, sexual, reprodutiva e mental e destrói o tecido social das comunidades.
Destruição de instalações de saúde
Guterres disse que mulheres e meninas enfrentam formas brutais de violência sexual e grupos armados frequentemente controlam o acesso a serviços médicos. A maioria não procura atendimento médico devido ao medo, estigma ou à insegurança prevalecente.
O líder das Nações Unidas aponta a destruição de instalações de saúde, a morte de profissionais de saúde e as restrições de acesso humanitário como razões que limitam a assistência vital para os sobreviventes.
Fonte: ONU News – Imagem: Reprodução ONU