Candidata a presidente dos EUA é detida em protesto pró-Palestina
A candidata a presidente dos Estados Unidos pelo Partido Verde, Jill Stein, foi detida neste sábado (27) enquanto participava de um ato pró-Palestina na Universidade de Whashington, em St. Louis, em Missouri.
Ela postou nas redes sociais o momento exato da detenção. Um policial a segura pelo braço e, em seguida, retira a candidata do local da manifestação. No momento da detenção, Jill formava uma linha de resistência com os estudantes.
Jill Stein tem 73 anos, é formada em medicina e já disputou outras vezes as eleições presidenciais, em 2012 e 2016, Na última tentativa, ele obteve mais de 1 milhão de votos.
Além dela, o coordenador de campanha e outro assessor também foram presos. Outras 200 pessoas foram detidas. neste sábado (27), em quatro universidades diferentes pelo país. Também houve registro de repressão na Universidade Northeastern, na Universidade Estadual do Arizona e na Universidade de Indiana.
Com as detenções deste sábado, já são 700 pessoas presas desde o dia 18 de abril, quando os estudantes iniciaram as mobilizações nos campi espalhados pelo país. As mobilizações tomaram conta, inclusive, de importantes instituições estadunidenses, como Columbia, Harvard e Yale, e ganharam a adesão de universitários da Itália e também da França, com a ocupação da universidade Sciences Po, em Paris.
Os estudantes condenam o massacre praticado pelo Estado de Israel contra o povo palestino. Além disso, eles pedem que as universidades estadunidenses cortem relações com o governo e empresas israelenses que, segundo eles, viabilizam os ataques contra a Palestina.
O evento passou a ser comparado a outra mobilização histórica nas universidades estadunidenses durante a guerra do Vietnã (1955-1975), tendo como epicentro também o campus da Universidade de Colúmbia em Nova York em 1968.
Autoridade Palestina
O presidente da Autoridade Nacional Palestina (AN), Mahmud Abbas, participou, neste domingo(28), do Fórum Econômico Mundial, em Riad, na Arábia Saudita. O líder palestino conclamou a comunidade internacional a reconhecer o Estado Palestino, afirmando que seria uma forma de colocar fim aos ataques de Israel.
“Faço um apelo a todos os países a reconhecerem o Estado da Palestina, como reconheceram o Estado de Israel”
Abbas pediu o imediato cessar-fogo e a entrada sem restrições de mais ajuda humanitária no território de Gaza. No discurso, o líder palestino afirmou que Israel se “aproveitou” dos ataques do Hamas, no dia 7 de outubro de 2023, para “efetuar represálias desproporcionais” e “vingar-se do povo palestino como um todo”.
“O que Israel fará nos próximos dias é invadir a cidade de Rafah, porque todos os palestinos se deslocaram para lá. Basta uma pequena ofensiva para forçar todos a abandonarem a Palestina, e seremos testemunhas da maior catástrofe da história do povo palestino.”
*Com informações da DW
Fonte, Brasil de Fato/Edição: Geisa Marques/Imagem: X