Dia dos Direitos Humanos promove o “mapa para acabar com as guerras”
A Declaração Universal dos Direitos Humanos é um mapa que ajuda a acabar com as guerras, a amenizar as divisões e a promover uma vida de paz e dignidade para todos. Essa é a reflexão do secretário-geral da ONU, António Guterres, sobre os 75 anos da adoção do texto.
Em celebração ao Dia dos Direitos Humanos, marcado neste 10 de dezembro, o chefe das Nações Unidas alertou que o mundo está “perdendo o rumo”, pois os conflitos estão crescendo, a fome está aumentando e as desigualdades estão se agravando.
Evento em Genebra busca visão para o futuro
Ele afirmou ainda que “a crise climática é uma crise de direitos humanos que está atingindo com mais força os mais vulneráveis”.
De 11 a 12 de dezembro, chefes de Estado e de Governo, representantes da sociedade civil, defensores dos direitos humanos, líderes empresariais, esportistas, artistas e economistas se reunirão na sede da ONU em Genebra para elaborar juntos uma visão para o futuro dos direitos humanos.
O evento representa o culminar de uma campanha que durou um ano, organizada pelo Escritório de Direitos Humanos das Nações Unidas, com o objetivo de rejuvenescer o espírito que levou à adoção da Declaração Universal dos Direitos Humanos por consenso na Assembleia Geral em 10 de Dezembro de 1948.
Retrocessos perigosos
Dentre os retrocessos observados atualmente, Guterres destacou a propagação do autoritarismo, a diminuição do espaço cívico, o cerceamento dos meios de comunicação e a redução dos direitos reprodutivos das mulheres.
Ele ressaltou também que “a igualdade entre homens e mulheres continua a ser um sonho distante”.
Para o secretário-geral, hoje é mais importante do que nunca promover e respeitar todos os direitos humanos sociais, culturais, econômicos, civis e políticos que protegem a todos.
De acordo com ele, a Declaração Universal ilumina o caminho para valores e abordagens comuns que podem “ajudar a resolver tensões e a criar a segurança e a estabilidade que o nosso mundo deseja.”
Valores atemporais
O líder das Nações Unidas destacou os esforços para atualizar os acordos internacionais e para torná-los mais eficazes no Século 21, afirmando que os direitos humanos devem ter um papel único e central.
Enfatizando a importância da data, Guterres pediu que as pessoas, em todas as partes do mundo, promovam e respeitem os direitos humanos, “todos os dias, para todos, em todos os lugares”.
Ele também pediu que os Estados-membros aproveitem este 75º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos e a Cúpula do Futuro, em 2024, para reforçar o seu compromisso com os valores atemporais presentes no texto.
Fonte: ONU News – Imagem: ONU