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Agências globais pedem melhora nas condições no Dia Mundial do Professor

Ações para transformar o setor da educação marcam a celebração do Dia Mundial do Professor, neste 5 de outubro. 

O assunto é destaque em nota assinada pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, a Organização Internacional do Trabalho OIT, e o Fundo da ONU para a Infância, Unicef,  a ONG Educação Internacional.

Responsabilidade

O grupo aponta o ensino como uma tarefa essencial ao pedir a melhora dos salários e das condições de trabalho dos professores. 

Atualmente faltam mais 24,4 milhões de docentes do ensino primário e 44,4 milhões do secundário para que seja alcançada a meta de ensino básico universal até ao final da década.

O comunicado foi firmado pela diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, pelo diretor geral da OIT, Gilbert Houngbo, pela diretora-executiva do Unicef, Catherine Russell, e pelo secretário-geral da Educação Internacional, David Edwards.

O grupo defende a transformação do potencial dos alunos, garantindo que “tenham as ferramentas necessárias para assumirem responsabilidade por si próprios, pelos outros e pelo planeta”.

Novos professores para países em desenvolvimento 

O apelo feito aos países é que garantam que os professores sejam “confiáveis e reconhecidos como produtores de conhecimento, profissionais reflexivos e parceiros políticos”.

O pronunciamento ressalta que a pandemia da Covid-19 revelou que os docentes são os motores dos sistemas educativos globais.

Os cálculos indicam que a África Subsaariana e o sul da Ásia precisarão de mais 24 milhões de professores, cerca de metade do número de novos profissionais do setor  necessários nos países em desenvolvimento.

Nessas regiões, as salas de aula são as mais sobrelotadas do mundo, os professores mais sobrecarregados e os sistemas educativos sem pessoal suficiente. Estima-se que 90% das escolas secundárias enfrentem graves carências de ensino.

Atuação para motivar jovens 

Na análise realizada em 79 países, a taxa de docentes que decidiram abandonar a profissão de forma permanentemente quase duplicou no nível primário, ao passar de 4,62% em 2015 para 9,06% em 2022. 

Os motivos que moveram a situação variam de um país para outro, mas destacam-se três principais: más condições de trabalho, altos níveis de stress e baixos salários.

Num momento em que a Unesco pede mais atuação para motivar jovens a seguir carreira no ensino, a agência pede prioridade em investir na melhoria da formação inicial de professores e em programas de desenvolvimento profissional contínuo.

Oportunidades de progressão

Outra sugestão é a criação de programas de mentoria que juntem professores experientes com os mais novos e incentivem a colaboração entre colegas do setor.

A Unesco propõe ainda que salários e benefícios para o grupo sejam competitivos, especialmente em relação a outras ocupações que exigem o mesmo nível de qualificações, bem como oportunidades de progressão.

Fonte: ONU News – Imagem: © Unicef/Juan Haro

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