Vice-secretária-geral da ONU visita Amazônia para discutir ações e parcerias
A vice-líder das Nações Unidas, Amina Mohammed, inicia o segundo dia da visita ao Brasil em reuniões com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
Logo de manhã, ela conversou, num encontro separado, com os representantes de agências das Nações Unidas no Brasil. Ainda nesta quarta-feira, Amina Mohammed deve se deslocar ao norte do país para visitar a Amazônia.
Corrigir o rumo das metas globais
Ao reunir-se com a vice-secretária-geral, na quarta-feira, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, ressaltou o compromisso do país com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
“No que diz respeito à implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, o engajamento com variados setores é o compromisso com essa política externa democrática e participativa. É também a garantia do pleno êxito da política brasileira de desenvolvimento sustentável, a partir da execução e do monitoramento periódico da implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.”
Ao visitar o estado do Pará, a vice-líder da ONU participa do debate “ONU e Amazônia: parceria para o desenvolvimento sustentável” e vai conhecer membros de comunidades indígenas.
Economias globais
Mohammed destacou a esperança com as ações já tomadas pelo Brasil, em nível interno e na retomada do papel do país na família multilateral. O Brasil será o próximo presidente do grupo das maiores economias mundiais, G-20. Em outubro, o país retorna à Presidência do Conselho de Segurança, na ONU.
Para Amina Mohammed, o “Brasil pode inspirar uma ação global coletiva para a Agenda 2030. Ela ressalta esforços urgentes para impulsionar a ação climática, proteger a biodiversidade, promover sistemas alimentares sustentáveis e garantir empregos decentes e proteção social.”
Em relação à América Latina, ela citou um contexto pós-pandemia marcado pelo aumento da pobreza e questões econômicas. Nessa realidade, mulheres foram afetadas de forma desproporcional, sobretudo na economia informal.
Estagnação ou reversão
Em relação aos avanços sobre os ODS, a ONU defende que em mais de metade o progresso é fraco ou insuficiente. Em 30% houve estagnação ou reversão, incluindo quanto ao alívio da pobreza, fome e impacto de mitigação da mudança climática.
Mohammed esteve na assinatura do Marco de Cooperação para o Desenvolvimento Sustentável entre 2023 e 2027, firmados por Brasil e ONU.
Sobre a Cúpula dos ODS em setembro, ela reforçou o pedido do secretário-geral aos líderes globais para que apareçam prontos para contribuir com um plano de resgate para as pessoas e o planeta ao evento à margem da Assembleia Geral.
Amina Mohammed esclareceu a meta de se alcançar compromissos nacionais concretos e planos de ação para acelerar o progresso em direção às metas globais, ao pedir que o Brasil partilhe seus esforços, desafios e experiências nessa questão.
Fonte: ONU News – Foto: ONU Brasil