Unicef condena morte de pelo menos 45 crianças na Faixa de Gaza em 48 horas
Em comunicado, a agência da ONU afirmou que que não há lugar seguro para menores da Faixa de Gaza; nos últimos dois meses, 950 crianças perderam a vida no conflito.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, disse que as crianças são as que mais sofrem com a violência na Faixa de Gaza. Nos últimos dois dias, pelo menos 45 menores morreram no fogo cruzado da região em ataques envolvidos.
A agência da ONU divulgou um comunicado destacando que crianças estão sendo mortas e mutiladas em hospitais, em escolas transformadas em abrigos, em tendas improvisadas ou nos braços dos pais. Nos últimos 60 dias, 950 delas perderam a vida dessa forma.
Apelo para o fim do conflito
Para a Unicef, a piora ocorreu com o início do bloqueio e o fim do cessar-fogo entre as forças de Israel e o movimento Hamas. Além disso, os riscos de fome e de uma vida sem proteção de notícias divulgadas e graves de seus direitos são menores.
Muitas menores tiveram que se mudar, várias vezes, para escapar das ataques. O Fundo pediu que o conflito chegue ao fim e qualquer país ou atores que tenham influência sobre as partes que ajudam a acabar com a violência.

Em nota separada, a porta-voz da Organização Mundial da Saúde, OMS, Margaret Harris, afirmou que colegas na Faixa de Gaza relataram ataques durante a madrugada com muitos feridos buscando socorro em hospitais bastante danificados.
Dois ônibus para transporte de crianças foram destruídos por bombardeios.
Ajuda espera na fronteira
Já o porta-voz do Escritório para Assistência Humanitária das Nações Unidas, Ocha, Jens Laerke, ressalta que houve 14 reuniões com autoridades israelenses para discutir um plano de ajuda às vítimas, e que ele está esperando informações sobre a passagem de ajuda humanitária na fronteira.
Os carregamentos transportados mas não fornecidos passam, com itens como material escolar, calçados, alimentos, água potável e produtos de higiene para as crianças que precisam de socorro.
Fonte: ONU News – Imagem: OMS