Trump confirma aumento de tarifas sobre aço e alumínio, e países reagem com retaliações
A tarifa efetiva de 25% foi restaurada e ampliada para incluir centenas de produtos derivados desses metais

As novas tarifas sobre importações de aço e alumínio impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, entraram em vigor nesta quarta-feira (12), gerando imediatas retaliações de diversos países afetados pela medida. A tarifa efetiva de 25% foi restaurada e ampliada para incluir centenas de produtos derivados desses metais, como porcas, parafusos, lâminas de escavadeira e latas de refrigerante.
Entre os países mais afetados está o Brasil, o segundo maior fornecedor de aço para os EUA. Em resposta, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo brasileiro está estudando medidas para proteger o setor siderúrgico nacional, incluindo possíveis retaliações e negociações diplomáticas.
Reação global
Diante da nova política tarifária de Trump, a União Europeia anunciou tarifas compensatórias que podem chegar a 26 bilhões de euros (US$ 28 bilhões) em produtos americanos a partir do próximo mês. No Canadá, o governo também respondeu rapidamente, impondo tarifas retaliatórias de 29,8 bilhões de dólares canadenses (US$ 20,6 bilhões) sobre diversos produtos dos EUA, incluindo computadores, equipamentos esportivos e ferro fundido.
A China também condenou a medida, acusando os Estados Unidos de violarem as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC). Pequim reafirmou que tomaria todas as medidas necessárias para proteger seus interesses e criticou o governo norte-americano por usar tarifas como instrumento de pressão em questões como o combate ao fentanil.
Na Europa, o chanceler alemão Olaf Scholz classificou a decisão como prejudicial ao livre comércio, enquanto o primeiro-ministro britânico Keir Starmer expressou decepção, mas preferiu adotar uma abordagem diplomática. Austrália e Suíça também manifestaram preocupação, com o governo australiano classificando as tarifas como “injustificadas”, embora tenha optado por não retaliar.
No Japão, o governo alertou para possíveis impactos negativos na relação econômica bilateral, mas não anunciou medidas de retaliação imediatas.
Impacto no Brasil
O Brasil, um dos principais exportadores de aço para os EUA, pode sofrer impactos significativos com a medida. O governo brasileiro já iniciou negociações com os EUA para reverter ou mitigar os efeitos das novas tarifas. “Vamos tratar na base da reciprocidade, mas colocando em primeiro lugar o diálogo com o governo americano, que em momentos anteriores foi bem-sucedido”, declarou Haddad.
O setor siderúrgico brasileiro está mobilizado e estuda alternativas, incluindo possíveis queixas na OMC e medidas internas de apoio à indústria nacional.
Conclusão
A decisão de Trump de restabelecer e ampliar tarifas sobre o aço e o alumínio reacendeu tensões comerciais globais, levando diversos países a anunciarem retaliações. Com impactos diretos para a economia brasileira e mundial, o desdobramento dessas medidas será crucial para o futuro das relações comerciais internacionais.
Edição: Redação JP – Com informações da imprensa internacional – Imagem: Casa Branca