
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), assumiu publicamente o compromisso de acelerar a tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública no Congresso Nacional. Durante evento realizado pela Associação Comercial de São Paulo nesta segunda-feira (7), Motta destacou que não haverá espaço para atrasos injustificados ou para a utilização da pauta como instrumento de disputa política.
“Não vou permitir procrastinação, tanto no processo de discussão dessa matéria quanto na hora de votar esse tema”, declarou o parlamentar.
Compromisso com a agilidade e o respeito ao regimento
Segundo Motta, a PEC será tratada com a urgência que o tema exige, mas sempre dentro dos parâmetros legais e regimentais da Casa. O presidente da Câmara ressaltou que o debate será democrático, com espaço garantido para sugestões, emendas e discussões legítimas.
“A tramitação da PEC da Segurança Pública vai ter a celeridade que esse tema requer, mas tudo respeitando o regimento interno da Câmara dos Deputados”, afirmou.
Apesar da busca por celeridade, Motta deixou claro que não tolerará manobras protelatórias ou o uso da tribuna para discursos políticos desconectados do mérito da proposta. A iniciativa, segundo ele, é um reflexo da importância da segurança pública como prioridade para a população brasileira.
Polarização política e pacificação nacional
O presidente da Câmara também comentou sobre o ambiente político polarizado no país e defendeu a construção de um caminho de pacificação. Ao abordar a proposta de anistia para envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, Motta destacou que é preciso equilíbrio e responsabilidade por parte dos parlamentares.
“Não é se distanciando das instituições que o Brasil vai encontrar a saída para esses problemas”, afirmou.
Ele reconheceu que pode haver exageros nas penas aplicadas e defendeu sensibilidade para fazer correções pontuais, sem, no entanto, aprofundar a crise entre os Poderes.
Pautas diversas e diálogo entre os Poderes
Hugo Motta também reforçou que a Câmara dos Deputados não pode ficar limitada a um único tema, em referência à obstrução regimental do PL. Para ele, é essencial dar espaço para a tramitação de pautas de interesse de diferentes partidos, sempre buscando um diálogo construtivo com o Senado, o Judiciário e o Executivo.
“Vamos levar essa decisão ao Colégio de Líderes, vamos conversar com o Senado e com os Poderes Judiciário e Executivo, para que uma solução de pacificação possa ser dada. Aumentando uma crise, não vamos resolver esses problemas”, concluiu.
Com essa postura, o presidente da Câmara sinaliza que buscará equilibrar a responsabilidade institucional com a necessidade de respostas concretas à sociedade.
Edição JP – Imagem: YouTube