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Polêmica das fraudes no INSS pressiona Congresso e gera movimentação por medidas urgentes

Em publicação nas redes sociais, Motta afirmou que comunicou aos líderes partidários a decisão de priorizar propostas antifraude

O Congresso Nacional começa a se mobilizar em torno do escândalo de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), após a revelação de um esquema bilionário que desviou recursos da previdência. O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou que irá pautar na próxima semana projetos com regime de urgência para combater irregularidades no órgão.

Em publicação nas redes sociais, Motta afirmou que comunicou aos líderes partidários a decisão de priorizar propostas antifraude, respeitando o regimento da Casa. “Vamos analisar, reunir e votar tudo o que pode compor um pacote antifraude”, disse. Apesar de defender a redução de votações em regime de urgência — que dispensa a análise prévia em comissões —, o presidente da Câmara justificou que o tema é prioritário “para milhões de brasileiros”.

Proposta em pauta e pressão por CPI

Na terça-feira (20), os deputados devem votar a urgência de um projeto do deputado Sidney Leite (PSD-AM), que proíbe descontos em benefícios previdenciários para mensalidades de associações de aposentados. A medida foi apresentada um dia após a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) divulgarem operações contra um esquema que desviou bilhões do INSS.

Enquanto isso, a oposição pressiona pela instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o caso. O deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO) já protocolou o requerimento, mas Hugo Motta argumentou que há outras CPIs na fila de prioridades. Pelo regimento da Câmara, apenas cinco comissões de inquérito podem funcionar simultaneamente, e atualmente há 14 pedidos aguardando análise.

Debate sobre transparência e fiscalização

O escândalo reacendeu o debate sobre a necessidade de maior controle e transparência nos repasses de benefícios previdenciários. Especialistas alertam que, sem mudanças estruturais, fraudes podem continuar ocorrendo. Enquanto o governo federal promete reforçar a fiscalização, o Congresso busca alternativas legislativas para fechar brechas.

A expectativa é que, nos próximos dias, novas propostas sejam apresentadas, e a Câmara defina se aprofunda as investigações por meio de uma CPI ou se concentra em medidas legais para coibir os crimes. O tema deve dominar as discussões no Legislativo, especialmente em um ano marcado por pressões por reformas na previdência e no combate à corrupção.

Edição: Damata Lucas – Imagem: Republicanos

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