ONU celebra Dia Mundial da Meteorologia com alerta sobre ação climática
Em mensagem, secretário-geral diz última década bateu recorde em anos mais quentes da história

Este 23 de março é o Dia Mundial da Meteorologia.
Todos os anos, o secretário-geral da ONU lança um alerta sobre o estado de crise enfrentado pelo clima no mundo, que segundo ele “está pegando fogo.”
Calor do oceano e quebra de recordes
Em mensagem, António Guterres lembra que “cada um dos últimos 10 anos foi o mais quente da história registrada.” E os efeitos já podem ser sentidos por incêndios florestais, enchentes e tempestades sem precedentes.
O calor do oceano está quebrando recordes climáticos e confirmando as piores previsões do clima. Este ano, o tema é: Fechando a Lacuna do Alerta Precoce Juntos.
Sistema de alertas ajudam a salvar vidas e não são um luxo, mas uma necessidade que precisa de investimentos.
O retorno dessas medidas é 10 vezes maior, segundo a ONU.
O secretário-geral ressalta que mesmo assim, metade dos países do mundo ainda não tem acesso a esses alertas. Para ele, é uma vergonha que na era digital, as pessoas tenham que perder a vida por falta de alertas precoces em várias partes do mundo.
Apoio político de alto nível para garantir proteção
António Guterres citou a iniciativa “Alertas Antecipados para Todos das Nações Unidas” que promove a proteção universal em todos os lugares por sistemas de alerta até 2027.
Segundo o líder da ONU, o mundo precisa agora se unir e ampliar ações e investimentos para chegar lá. Ele defendeu apoio político de alto nível que leve a um impulso no suporte tecnológico, maior colaboração entre governos, empresas e comunidades e um grande financiamento.
Uma outra urgência é o aumento de esforços para combater a crise climática na fonte com cortes rápidos e profundos nas emissões de gases de efeito estufa.
Guterres voltou a apelar para que os países apresentem seus planos nacionais de ação climática alinhados com a limitação do aumento da temperatura global a 1,5 grau Celsius.
Fonte: ONU News – Imagem: © UNICEF/Mark Naftalin