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Em Semana Mundial, ONU pede mais apoio para amamentação no trabalho

Começa nesta terça-feira a Semana Mundial da Amamentação com foco em melhorar o apoio e a proteção do aleitamento materno no ambiente de trabalho. 

Em declaração conjunta, a Organização Mundial da Saúde, OMS, e o Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, defendem políticas laborais que sejam favoráveis.

Ambientes favoráveis no trabalho

Sob a campanha “Vamos fazer a amamentação no trabalho funcionar”, as agências estimulam medidas como licença maternidade remunerada, pausas no expediente e uma sala onde as mães possam extrair leite.

Embora as taxas de aleitamento materno caiam significativamente para as mulheres que retornam a seus empregos, esse impacto negativo pode ser revertido quando elas seguem amamentando.

De acordo com o comunicado conjunto, essas políticas beneficiam não apenas as mulheres trabalhadoras e suas famílias, mas também os empregadores. 

Ao gerar um ambiente mais favorável para as mães, é possível reduzir as ausências relacionadas à maternidade, aumentar a retenção de trabalhadoras e reduzir os custos de contratação e treinamento de novos funcionários.

 

Mundene, uma mãe na Etiópia comprometeu-se a amamentar até o bebê completar 6 meses
Unicef/UN022064/Ayene

 

Mundene, uma mãe na Etiópia comprometeu-se a amamentar até o bebê completar 6 meses

Suporte da vida e do desenvolvimento

Desde os primeiros momentos da vida de uma criança, o aleitamento materno é o principal suporte da vida e do desenvolvimento infantil. 

A amamentação protege os bebês de doenças infecciosas comuns e estimula o sistema imunológico, fornecendo os principais nutrientes que as crianças precisam para crescer e se desenvolver em todo o seu potencial. 

Bebês que não são amamentados têm 14 vezes mais chances de morrer antes de completar seu primeiro ano de vida do que aqueles que recebem aleitamento materno exclusivo, ou seja, somente o leite humano como alimento. 

De 48% para 70% até 2030

Segundo a OMS e o Unicef, nos últimos 10 anos, muitos países avançaram significativamente para aumentar as taxas de aleitamento materno exclusivo. No entanto, é possível atingir um progresso ainda maior garantindo que a amamentação seja protegida e apoiada, particularmente no local de trabalho.

Na última década, a prevalência do aleitamento materno exclusivo subiu para 48% em nível global. 

Países tão diversos como Cote d’Ivoire ou Costa do Marfim, Ilhas Marshall, Filipinas, Somália e Vietnã alcançaram grandes avanços. 

A meta estabelecida nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas é atingir 70% até 2030. 

A declaração conjunta é assinada pela diretora executiva do Unicef, Catherine Russell, e pelo diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus.

Fonte: ONU News – Foto: Unicef/UN0679249/Filippov

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