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China se consolida como principal destino de minerais estratégicos do Brasil

O crescimento foi impulsionado por um aumento de 79% no volume exportado

A China reforçou seu papel como o maior comprador dos minerais estratégicos brasileiros, essenciais para a transição energética, como cobre, manganês e nióbio. De acordo com o mais recente boletim do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), as exportações de minério de cobre para o país asiático bateram recorde no primeiro trimestre de 2025, atingindo US$ 331 milhões — alta de 180% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O crescimento foi impulsionado por um aumento de 79% no volume exportado, que chegou a 124 mil toneladas, e uma valorização de 18% no preço do minério. Com isso, o cobre passou a representar 2% do total das exportações brasileiras para a China, tornando-se o produto com maior crescimento relativo entre os dez principais itens da pauta.

O relatório, assinado por Tulio Cariello, diretor de pesquisa do CEBC, destaca ainda que a China agora responde por 35% das compras brasileiras de cobre, superando países como Bulgária e Alemanha.

Além do cobre, outros minerais críticos também apresentaram forte alta nas exportações para a China, como manganês (+310%), ferroníquel (+253%), ligas de cobre (+56%), obras de nióbio (+35%) e ferronióbio (+13%). O embarque de terras raras também chamou atenção: 419 toneladas, sete vezes mais que em todo o ano de 2024.

Apesar da queda de 22% no preço do minério de ferro, seu volume exportado cresceu 3% e segue como o principal produto mineral exportado para a China, representando 65% da pauta.

A crescente demanda chinesa por esses insumos reflete o avanço da “indústria verde”, voltada para veículos elétricos, baterias e energias renováveis — setores altamente dependentes de minerais estratégicos.

Em paralelo, os Estados Unidos sinalizam novas tensões comerciais. O presidente Donald Trump ordenou uma investigação que pode resultar em tarifas sobre minerais estratégicos, alegando preocupações com a segurança nacional.

Além dos minerais, o CEBC também destacou o bom desempenho da soja brasileira, com alta de 7% no volume exportado, e o avanço da indústria de transformação, que agora representa 23% das exportações para a China — um reflexo da diversificação da pauta e do papel estratégico que o Brasil ocupa na nova geoeconomia global.

Edição: Damata Lucas – Fonte: Imprensa Nacional – Imagem: Reprodução

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