Em entrevista exclusiva à jornalista Rafaela Moron, da Jovem Pan News Curitiba, o ex-presidente Jair Bolsonaro responsabilizou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, pela ausência de assinaturas suficientes para que fosse aprovada a urgência do projeto de lei que propõe a anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023.
Segundo Bolsonaro, embora houvesse um compromisso verbal por parte de diversos parlamentares em apoiar a proposta, a pressão vinda do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal teria desmobilizado os líderes partidários. O ex-presidente afirmou que os deputados enfrentam um ambiente de intimidação e ameaças, o que teria prejudicado a tramitação da matéria.
“O próprio Lula e o Alexandre de Moraes jogam pesado em cima de parlamentares, ameaçam. Ninguém tem dúvidas disso, né? Até na delação premiada, o Alexandre de Moraes ameaçou (…) Imagine em outras situações. Mas nós temos que vencer esse momento”, declarou Bolsonaro durante a entrevista.
O projeto de anistia, que visa beneficiar os envolvidos nos ataques às sedes dos Três Poderes em Brasília, é defendido por aliados do ex-presidente, mas enfrenta forte resistência de setores do Judiciário e do governo federal. A proposta ainda precisa passar por diversas etapas no Congresso Nacional antes de ser eventualmente votada em plenário.
As declarações de Bolsonaro reacendem o debate sobre a polarização política e a tensão institucional entre os Poderes da República. Até o momento, nem o Planalto nem o STF comentaram as acusações feitas pelo ex-presidente.
Edição JP – Com informações Jovem Pan – Imagem: Lula Marques
